Leo Ladeia participa diariamente de programas na TV, Rádio, Jornal e atividades via Web. A coluna Política & Murupi semanal nos principais sites.
Leo Ladeia
Gazeta Rondônia
1- Soluções paliativas, soluções definitivas: A violenta, mas linda cidade maravilhosa do Rio de Janeiro foi palco de mais uma tragédia e que causou comoção nacional. Quatro médicos que participariam de um congresso estavam num momento de lazer bebericando num quiosque perto do hotel e de uma delegacia quando três deles foram sumariamente executados. Tratando-se de médicos renomados e sendo um deles irmão de uma deputada federal de um partido de esquerda, a grita foi maior e de imediato as forças de policiais de São Paulo e do Rio de Janeiro se uniram para elucidação do crime. Mas não foram apenas as forças de segurança estaduais. O ministro da justiça e da segurança que se encontrava na Bahia onde a violência já está no mais alto degrau do pódio da barbárie, enviou o seu braço esquerdo – afinal o homem é comunista – para apurar, os fatos, tomar providências, promover uma narrativa que favoreça a ação pronta, imediata e definitiva do governo federal para o caso, dar muitas entrevistas, principalmente para a Globo News, promover coletivas em que a figura do rotundo ministro apareça como o suprassumo do isso e do aquilo e apontar a culpa para alguém que esteja do lado direito da rua direita, o que aliás vem sendo feito com singular competência.
E não fica nisso. Como os assassinatos foram a tiros, armas de fogo, bala e provavelmente tenha algo a ver com o tráfico de drogas, de armas e de milicianos, que tal uma fala do ministro que é dono do balaio onde se encontram o CFDD, CADE, CNCP, o CONAD, o SISNAD, o CNPCP, o CNSP, o CNIg, o Conarq, a PF, a PRF, e o DEPEN? Pois é meu sinhô.
Ainda que o seu foco estivesse lá na Bahia com o estrago causado em 16 anos por quem manda no estado desde 2007 com os petistas Jaques Wagner, Rui Costa, chefe da Casa Civil – por dois mandatos – e o atual Jerônimo Rodrigues, o falastrão Dino deitou falação revelando que o causador de tudo foi o “tinhoso, o maledeto, o coisa ruim” do Jair Messias Bolsonaro, e disse qudisparou: os sucessivos homicídios que vêm ocorrendo na Bahia são fruto da política armamentista defendida e colocada em prática pelo coiso. O ex-presidente em certa medida. A narrativa, portanto, está pronta, acabada, envernizada e embrulhada para presente, mas e o Rio de Janeiro? A narrativa também serve, mas falta uma solução definitiva e que não existe.
O problema maior das soluções definitivas é o adjetivo. Soluções definitivas devem ser mortais. Prego batido e ponta virada. No Brasil, para onde você apontar o dedo no mapa seja aqui em Porto Velho no Morar Melhor, ou Orgulho do Madeira, lá no Maranhão, Acre, Bahia, Amazonas, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte ou Rio de Janeiro o que se vê é a mesma coisa. A família da vítima morre, o processo na justiça corre, a sentença ocorre e mais dia menos dia alguém da família se encontra com o seu algoz na rua, rindo, livre, leve e solto e ninguém o socorre. O estado DESORGANIZADO com as leis lenientes e excessiva preocupação com os cárceres cheios e bandidos maltratados não resolve. “Sêo” Barroso diz que atentam contra causas humanitárias e blá, blá, blá...
Aí o crime ORGANIZADO vez por outra resolve dar um basta nem alguma ponta solta como ocorreu hoje no Rio e pah! De dentro da cadeia os malvadões mandaram assassinar os assassinos dos médicos.
Solução definitiva, nem um pouco justa, mas oportuna. As facções não querem confronto com o estado. Querem ganhar dinheiro e paz na terra com os homens amados ou odiados. Querem dinheiro e vida boa. Assim como o governo, querem uma solução definitiva, sem perseguição ou como dizem os entendidos de segurança, uma elucidação do crime. Desta vez o CV resolveu definitivamente. A facção deu de bandeja o que a polícia, a justiça, o governo e todos queriam: os quatro assassinos foram assassinados, seus corpos foram encontrados, as provas, idem, o motivo do crime foi amplamente revelado, um processo vai correr confirmando tudo e como diz o Zé de Nana, “zefini”.
2- O último pingo: Por que algumas imagens tentam se contrapor aos fatos? O que ocorreu na Europa com o ministro? De real só os quadrinhos de O Globo, a foto frisada revelada por outro ministro do STF e um vídeo curto do ministro Moraes que chama de bandido alguém que lhe pergunta se o estava ameaçando. E aquelas outras imagens do prédio do ministério da Justiça que sumiram?
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