14/02/2021 às 17h41min - Atualizada em 14/02/2021 às 17h41min

Até índios “importados” impedem que o grafeno, outra riqueza nossa, possa ser explorado

Sergio Pires

Sergio Pires

Sérgio Pires, experiente jornalista e que atua na SIC TV, onde apresenta aos sábados o programa Direto ao Ponto, e diariamente o "PAPO DE REDAÇÃO".

Gazeta Rondônia
COLUNA OPINIÃO DE PRIMEIRA: Claro que a pandemia é o grande tema, mas há outros, muito importantes, que acabam caindo no esquecimento e que, vez por outra, precisam ser lembrados. A crise vai passar, embora demore ainda um longo tempo, mas há questões que se estendem por vários anos, sem que se encontre um caminho justo e de bom senso, para beneficiar o povo brasileiro. Nossas riquezas naturais são o exemplo claro de que poderíamos, há décadas, sermos um Brasil diferente, mais justo, sem o imenso abismo que separa milionários e ricos dos pobres e miseráveis. Como não mandamos no que é nosso e apenas uma casta decide o que é bom ou não para todos, concluíram, por nós, que não podemos usufruir do nosso ouro, do nosso diamante (só dando dois das dezenas de exemplos), embora bilhões de reais tenham sido levados, como contrabando, enriquecendo estrangeiros e brasileiros corruptos, enquanto muita gente que poderia ser beneficiada por essa maravilha que a natureza nos presenteou, continue passando fome. Os índios foram condenados à miséria eterna, porque teóricos, apaixonados por ideologias que não são nossas, alguns ingênuos mas também muitos, mas muitos malandros mesmo, decidiram isso. Só os caciques têm direito a casas com ar condicionado e camioneta importada, a celulares e a discursos em outros países, defendendo ações das ONGs internacionais. Os sem poder nas tribos continuam mofando na sua pobreza. Só servem mesmo para pano de fundo de discursos ideológicos de que eles devem mesmo é se manter assim, miseráveis. Até que morram. Várias outras riquezas naturais do nosso país continuam inacessíveis a nós, brasileiros, porque ou são “protegidas” por ONGs e instituições a elas aliadas, com leis feitas sob medida para isso por parceiros ou ainda, porque elas estão em “áreas indígenas”, que, eles exigem, têm que permanecer intocada.
O caso do grafeno é bem típico e resume tudo isso. Derivado do grafite (em 15 quilos, se retira 1 quilo do composto de carbono, que hoje, no mercado internacional, pode ser vendido a algo em torno de 15 mil dólares ou 84 mil reais. Existe em várias regiões. Somos o terceiro país do mundo nessa riqueza descoberta em 2006 e que tem mil utilidades, principalmente na área eletrônica. O que se pode fazer com grafeno? Entre outras coisas, uma bateria de celular que carrega mil vezes mais rápido que as atuais; equipamentos eletrônicos, como, por exemplo, ter um computador no espelho do banheiro. Pode limpar a água do mar do sal, tornando-a potável. É 200 vezes mais resistente que o aço. Por que temos dificuldade de exploração? Porque cada vez que há uma mina de grafite (grafeno) encontrada, imediatamente a área é declarada como “indígena”, inclusive com índios “importados” do Paraguai, como aconteceu em São Paulo. Então, a partir daí, o produto fica inacessível para exploração. Os mesmos de sempre continuam mandando no nosso Brasil, Vamos aceitar isso até quando É esse o país que queremos?
 
NOS DINOS: DRA. NISE E SUA DEFESA DO TRATAMENTO PRECOCE: Doutora Nise Yamaguschi, imunologista e cancerologista, um dos maiores nomes da Medicina brasileira, que chegou a ser cogitada para o Ministério da Saúde no atual governo, participou, neste sábado, do programa Papo de Redação, com os Dinossauros Everton Leoni, Hiran Gallo, Jorge Peixoto, Beni Andrade e Sérgio Pires, na SICTV/Record. Durante meia hora, a médica especialista deu um show de informações, não só sobre a importância do tratamento precoce com medicamentos do kit preventivo, como de muitas outras questões, quando questionada pelos participantes do programa e por vários médicos que participaram, com suas mensagens. A famosa médica explicou os benefícios da medicação bem no início da Covid, a luta contra o vírus e falou também sobre as vacinas, inclusive lembrando que nem todos os testes foram feitos, como por exemplo, em pessoas que já tiveram a doença, em idosos com mais de 60 anos e em índios. A participação da dra. Nise fez bombar a audiência do programa mais popular dos sábados, na TV rondoniense. Na parte final do programa, participou ainda o dr. Álvaro Galvão, ex-secretário de saúde de Ji-Paraná, também defensor da medicação precoce.  
 
NADA DE AULAS PRESENCIAIS NA CAPITAL. AO MENOS AGORA: Há quem ache que, mesmo no pico da pandemia, as aulas presenciais podem voltar. Nas escolas particulares, aliás, elas já foram autorizadas. Mesmo com todos os cuidados, sabe-se que o risco é grande. Nas escolas públicas, certamente seriam ainda maiores, por tudo o que se conhece. Por isso, há que se concordar que foi ao menos preventiva e de bom senso, a decisão do prefeito Hildon Chaves em não autorizar a volta às aulas presenciais no sistema municipal de ensino da Capital. Num encontro com os pais de estudantes, em seu gabinete, nessa semana, Hildon explicou, com uma série de argumentos, do perigo do retorno das crianças aos bancos escolares, neste momento. Acentuou que quando Porto Velho voltar à Fase 3 ou à Fase 4, dentro do decreto de calamidade do Estado, certamente reverá a decisão. O Prefeito defendeu a manutenção do sistema de Escola Virtual, até que a crise passe e não haja mais tantos riscos. A secretaria Gláucia Negreiros, da Educação, que participou do encontro, concordou plenamente, mesmo que alguns pais ainda tenham insistido na volta presencial nesse momento.
 
SESAU E SEMUSA COMEÇAM A FALAR A MESMA LINGUAGEM: Até nos números da Covid 19 o governo do Estado e a Prefeitura de Porto Velho não conseguiam falar a mesma linguagem. Em plena pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), contestou a divulgação, no Boletim 327 da Secretaria Estadual, a Sesau, que apontava 42 mortes em Rondônia, 19 delas em Porto Velho. Segundo a secretária Eliana Pasini, na quarta feira fatídica, que apavorou a todos os rondonienses, na verdade teriam havido apenas três óbitos na Capital e não 19. Ou seja, uma diferença a mais de nada menos do que 16 registros. A secretaria também disse que há grande atraso na divulgação, por parte da Sesau, sobre o total de óbitos na Capital. Pelo boletim da quarta, dia 10, seriam 1.112. Pasini diz que o número real é muito maior: 1.182. ou seja, uma diferença a mais, pela contagem da Semusa, de 70 mortes que ainda não estão nos boletins do Estado. Depois de toda a controvérsia, num vídeo, o secretário Fernando Máximo e a secretária adjunta Marilene Penatti, da Semusa, anunciaram, que, a partir desta segunda, as duas secretarias usarão a mesma plataforma de informações e que o problema não se repetirá. Esperemos que sim!
 
VIVENDO NA ILUSÃO: SEM NOVAS LEIS, O CRIME SÓ CRESCE: As autoridades brasileiras, principalmente no Congresso Nacional e as que vivem na defesa dos direitos humanos dos bandidos, continuam se enganando. Imaginam que com as atuais leis, com a atual estrutura da segurança pública e com discursos ufanistas de que a criminalidade vai diminuir, isso vá acontecer na vida real. Qualquer cidadão de bem sabe o inferno da insegurança que está vivendo, no seu dia a dia, porque, mesmo presos, muitos ladrões, assassinos, facínoras, vários deles reincidentes inúmeras vezes, em pouco tempo estarão nas ruas novamente, para continuar praticando seus crimes, sem punição exemplar. Uma das provas disso é que o número de assassinatos no país continua em ascensão, mesmo na pandemia. Cresceu 5 por cento em 2020 e mais de 20 por cento no Nordeste. Foram registradas 43.892 mortes no país, números de uma guerra cruenta da bandidagem contra os brasileiros. Em Rondônia, o ano passado terminou com nada menos do que 482 assassinatos: mais de 40 por mês; 1,3 mortes por dia. Enquanto a maioria dos bandidos entrarem por uma porta nas delegacias e cadeias e saírem pela outra, pouco depois, não haverá solução para a segurança pública nacional. Nem se for colocado um policial em cada esquina.
 
FESTA DO CARNAVAL SÓ FOI ADIADA DUAS VEZES, NO BRASIL: Alguém aí, mesmo que já tenha chegado aos 100 anos de idade, lembra, em toda a sua vida, se o carnaval foi totalmente suspenso, como o foi neste fatídico ano de 2021? Os festejos de Momo, no nosso país, jamais foram totalmente suspensos, mas apenas duas vezes transferidos. Uma em 1892 e outra em 1912, em ambas as ocasiões por razões diferentes. No final do século 19, as festas foram transferidas por problemas de infraestrutura e falta de limpeza nas ruas, principalmente no Rio de Janeiro. Ministro do interior, Cesário Alvim, decidiu a mudança também porque se enfrentava, na época, uma série de doenças, mas principalmente a febre amarela. Já em 1912, o motivo da mudança foi a morte do ministro das Relações Exteriores, José Maria da Silva Paranhos Júnior, mais conhecido como Barão do Rio Branco. Ele faleceu uma semana antes das festas. O carnaval foi transferido para dois meses depois, em abril. E durante a Gripe Espanhola? Diferentemente do que ocorre hoje, durante a Gripe Espanhola, entre 1918 e 1920 - uma pandemia que deixou cerca de 50 milhões de mortos no mundo – as festas ocorreram normalmente, sendo consideradas das maiores da história, até aqueles tempos! Em Porto Velho, por causa da enchente histórica de 2014, o então prefeito Mauro Nazif suspendeu o carnaval oficial, mas mesmo assim, a Banda do Vai Quem Quer desfilou pela 34ª vez, desde sua fundação.
 
BANDA NÃO SAI PELA PRIMEIRA VEZ EM 41 CARNAVAIS
 
Por falar em Banda, o seu 41º desfile foi cancelado. Pela primeira vez na história, a mais famosa Banda do norte brasileiro – e a maior de todas, porque chega a levar 100 mil pessoas às ruas, um sexto de toda a população de Porto Velho – nos seus desfiles, não sairá da Praça das Caixas D´Água, na avenida Carlos Gomes, para o mais sensacional desfile de carnaval que muita gente já assistiu. Neste ano, um desfile virtual foi feito, com sorteio de abadás por troca de alimentos, beneficiando centenas e centenas de pessoas que vivem na pobreza. Foi o evento que marcou um ano completamente diferente na vida do bloco. A última participação do criador e maior nome da Banda, Manelão, foi no carnaval de 2011. Ele faleceu pouco depois dos festejos, em 28 de fevereiro. No ano seguinte, mesmo ainda de luto, a Banda saiu, como uma homenagem à memória do seu fundador. O que se espera é que, no ano que vem, no ano 42 da sua fundação, a Banda volte com tudo, para encantar o carnaval da nossa terra.
 
LUCIANO HUCK PRESIDENTE: FALTA COMBINAR COM OS RUSSOS: Acredite quem quiser: o apresentador da Globo, Luciano Huck, está mesmo levando a sério uma candidatura à Presidência da República. Nos bastidores, ele e seus assessores mais próximos comentam que apenas um nome na relação de candidatos ao Planalto em 2022, o tiraria do páreo. O adversário temido pelo sonhador Huck é o ex ministro da Justiça e ex juiz Sérgio Moro. Afora ele, o folclórico homem de TV acha que não haverá ninguém, entre os nomes já postados, para quem ele poderia perder. O raciocínio do mesmo grupo é de que Jair Bolsonaro chegará na campanha de 22 extremamente fragilizado. Daí, pelo devaneio de Luciano Huck e seus seguidores, só restaria ao eleitor escolher um nome de centro como ele, logicamente. Nem Bolsonaro, nem Haddad, nem qualquer um dos tucanos, nem Ciro Gomes. Ninguém atrapalharia o plano otimista do garoto da Globo, para assumir a Presidência e, certamente, voltar a valorizar a emissora que o abriga há tantos anos, além dos amigos artistas, todos desesperados desde que perderam a boquinha das verbas públicas. Como diria o grande jogador Garrincha, um dos maiores de todos os tempos, quando seu treinador mandou-o entrar no jogo, driblar os adversários, da seleção da então União Soviética e ganhar o jogo. Garrincha disse: “vocês já combinaram isso com os russos?”
 
PERGUNTINHA: Na sua opinião, estão corretos os cientistas e médicos que defendem o tratamento precoce, com o uso de medicamentos ainda sem comprovação definitiva ou acha que estão certos os que consideram que tal medida pode prejudicar os que foram infectados pelo coronavírus? Fonte: Sérgio Pires.
 
Leia Também »
Comentários »