16/03/2021 às 21h28min - Atualizada em 16/03/2021 às 21h28min

COLORADO DO OESTE: IFRO emite Nota de Esclarecimento sobre acusações de manifestantes pró Bolsonaro

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O Brasil está passando por um período de instabilidade política, marcada por diversas manifestações a favor ou contra determinados governos e partidos. No último fim de semana, mesmo em face dos riscos da pandemia da Covid-19, houve em todo o País aglomerações, passeatas e carreatas. Foi o que se observou também em Rondônia.

Durante eventos deste tipo, vários temas da vida social — como educação, saúde, segurança, economia — são discutidos, mas infelizmente raras vezes com fundamentação adequada e ao menos justa. Instituições sociais sólidas e importantes para o exercício da democracia e para o direito aos serviços sociais, como as Universidades, Institutos de Educação e Tribunais de Justiça são atacados; são atacados os importantes serviços que prestam para a formação das pessoas, proteção ao meio ambiente, saúde, segurança e tantos outros bens; são atacadas até mesmo as formas já consolidadas de promoção desses direitos, como os ritos processuais, os investimentos em ciência e tecnologia.

Infelizmente, nos discursos contra a ideologia ela se impõe como uma contradição, já que defendem retirar uma para colocar outra. Abordam a história como se fossem recortes de folhetins ou fazem manipulações falsas, retirando ou deturpando o contexto das lutas, das importantes conquistas para a qualidade de vida, bem-estar e oportunidades de trabalho e geração de renda.

As Universidades e os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, como instituições públicas e gratuitas, foram criados para produzir conhecimento, resolver problemas cotidianos por meio de pesquisas e experimentações técnicas e científicas, oportunizar condições para o crescimento pessoal e coletivo. Seu papel é crítico, porque forma as pessoas para enfrentar os problemas da vida; é social, porque melhora a qualidade de vida; é científico, porque investiga e encontra soluções para os problemas em todos os campos da existência. E tudo isso, integrado, é educacional, na concepção de que educar é preparar as pessoas para transformar a realidade e gerar o desenvolvimento não só de alguns, mas de todos.

O Instituto Federal de Rondônia sempre atuou e vem atuando cada vez mais em favor desta transformação positiva na vida das pessoas, em seu meio natural e social. Cumpre com rigor os seus objetivos e finalidades dispostos na Lei 11.892/2008. Possui uma gestão compartilhada, uma liderança democrática e uma atuação baseada em demandas, na resolução de problemas. Tem um importante papel social na redução das desigualdades sociais, ao oportunizar formação e outros serviços nos mais diversos segmentos. Apenas em 2020, abriu mais de 40 mil vagas em seus cursos, apesar da pandemia e da redução de recursos.

PROCESSOS SELETIVOS

Os processos seletivos do IFRO são sempre abertos e transparentes, publicados em seu sítio eletrônico institucional. Além disso, são respeitadas as políticas de isonomia adotadas no Brasil, com a distribuição das vagas conforme as cotas determinadas pelas condições econômicas e raciais.

O ingresso nos Cursos Técnicos vem ocorrendo, já há alguns anos, pelo aproveitamento das notas obtidas nos principais componentes curriculares do 6º ao 8º ano do Ensino Fundamental, que são Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia. Desta forma, os candidatos concorrem segundo seus resultados ao longo da trajetória de seus estudos.

O ingresso nos Cursos de Graduação se dá também pelo aproveitamento das notas ou conceitos obtidos em curso de nível médio, nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática, Química, Física, História, Geografia e Biologia, ou ainda pelo resultado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Nas demais modalidades de formação, como nos Cursos de Formação Inicial e Continuada e nos de Pós-Graduação, por exemplo, o ingresso também é feito mediante edital e por meio de critérios que sejam o mais adequados possível para a promoção de um processo democrático.

Mesmo quando foram adotadas provas de conhecimento e/ou de redação, os processos seletivos transcorreram de forma isonômica e transparente. As Universidades e Institutos possuem uma Ouvidoria permanente, onde podem ser apresentadas propostas de impugnação de edital, reclamações e outras formas de manifestação em relação tanto aos processos seletivos quanto a qualquer outro tema ou assunto de sua atuação. Também possuem uma Procuradoria Federal, que analisa todas as questões jurídicas que tratam de direito e legalidade no serviço público.

EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA

Não fundamentamos o trabalho em opiniões isoladas ou ideologias de campanha, mas em processos de construção do conhecimento, em formas de resolução de problemas.

slogan “Educação que Transforma” foi adotado justamente para representar como o IFRO se preocupa com uma formação crítica, contextualizada, orientada para a resolução de problemas pessoais, sociais e do mundo do trabalho. Para isso, os nossos professores e técnico-administrativos são preparados continuamente. O IFRO é uma das instituições que mais investem em formação de seu quadro pessoal, com um avanço excepcional na formação em Mestrado e Doutorado, passando de 225 mestres e doutores em 2015 para 528 em 2020. Além disso, promove educação continuada, por meio de oficinas, treinamentos, cursos de curta duração, eventos e outras formas de preparação.

Portanto, é falsa qualquer declaração de que as redações e outras formas de avaliação só tenham mérito quando alinhadas com alguma ideologia ou opinião predeterminada. As redações são avaliadas no IFRO segundo a capacidade de argumentação e de organização de quem escreve. Opiniões e ideologias não são atributos impostos, mas construídos com a liberdade e responsabilidade de pensamento e expressão das ideias.

LIDERANÇA DEMOCRÁTICA

A gestão do IFRO é compartilhada, desde as agremiações estudantis até o Conselho Superior. Existem o Reitor, Pró-Reitores, Diretores, Coordenadores, Diretores-Gerais e demais Chefias. Todos trabalham em articulação, as decisões são coletivas. O Conselho Superior é o órgão máximo de deliberação, eleito por seus pares e representado por servidores, alunos, ex-alunos e membros de outras instituições. Há ainda o Colégio de Dirigentes, os demais Conselhos, os Comitês (inclusive de Ética e de Ética em Pesquisa), as Comissões Temporárias e tantas outras organizações formadas com, pela e para a democracia dos atos decisórios.

DEMOCRACIA PARA A LIDERANÇA

Defendemos uma Instituição que mantenha a preparação para a vida pessoal, social e profissional como fundamento, as decisões democráticas como principal meio de atuação, o atendimento às demandas sociais como finalidade e a melhoria das condições de vida como objetivo. Neste contexto, não há espaço para especulações, porque nossas decisões e procedimentos estão fundamentados, registrados e tornados públicos.

Como entidade aberta, pública, inclusiva e solidária, não poderia ser diferente: o IFRO repudia as declarações falsas sobre a forma como realiza seus processos seletivos e como executa toda a prática de gestão e educação profissional, que o tem colocado como um dos maiores destaques no Estado e no País. Fonte ASCOM

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