27/04/2023 às 20h47min - Atualizada em 27/04/2023 às 20h47min
Carla Zambelli faz 'vaquinha' on-line e pede doações de dinheiro para pagar indenizações, após ser condenada em várias ações
Gazeta Rondônia
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) usou as redes sociais para pedir dinheiro a seus eleitores para pagar indenizações nos processos judiciais em que foi condenada. Em um vídeo, a parlamentar diz que, somente neste mês, precisou pagar R$ 65 mil em indenizações, o que a levou a pedir empréstimo bancário.
"Fiz essa vaquinha e quero pedir sua ajuda. Se você puder ajudar, vai ser muito bem-vindo, porque eu não tenho condições de pagar com o meu salário esses valores", afirmou. Em sua postagem, a deputada divulgou uma chave Pix e diz que está sendo "perseguida judicialmente".
Um deputado federal ganha R$ 41,6 mil por mês, segundo dados da Câmara. Como qualquer membro da Casa, Zambelli tem direito a usar verba pública para pagar a defesa nos processos judiciais. Para bancar indenizações por condenações judiciais, entretanto, ela tem de usar recursos do próprio bolso.
Há duas semanas, Zambelli foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) a pagar R$ 20 mil à ex-deputada Manuela D'Ávila por danos morais após associar a ex-parlamentar com a "esquerda genocida".
"Além disso, tenho um processo do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] de R$ 30 mil e outros 20 processos de R$ 25 a R$ 30 mil e que provavelmente vou perder vários deles porque são processos em que eu ataquei o Lula, em verdades", afirmou.
Arma de fogo
Em outubro do ano passado, Zambelli foi filmada apontando uma arma de fogo para um homem dentro de um bar, em São Paulo. Segundo a parlamentar, ela sacou a arma depois de ter sido agredida e xingada. De acordo com ela, o homem seria apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um vídeo gravado de outro ângulo, no entanto, mostra a parlamentar caindo após tropeçar.
"Me empurraram, até me machucaram aqui, me empurraram no chão. Ele me cuspiu várias vezes. Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele parar", explicou Zambelli à época.
Em fevereiro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar um pedido feito pela deputada para anular a decisão do ministro Gilmar Mendes que suspendeu o porte de arma dela e autorizou a apreensão do revólver usado no dia em que perseguiu um homem em uma rua de São Paulo, além da munição.
Fonte: R7.