Alvo da Operação Lesa Pátria nesta quinta-feira (11), empresário de Maracaju (MS) teve armas de fogo apreendidas em casa. Entre as armas, uma submetralhadora foi recolhida pela Polícia Federal.
Conforme as informações da PF, foram apreendidas em Mato Grosso do Sul as armas de fogo. Pelas imagens, é possível ver que são um revólver, uma pistola, além de uma submetralhadora e espingardas.
A princípio, o empresário não teria registro das armas. Apesar disso, não houve prisão em flagrante na deflagração da operação desta quinta-feira. O Midiamax tentou contato com o empresário, mas não teve resposta.
Além de uma empresa de materiais de construção em Maracaju, o acusado também já teve empresa em Anastácio, que foi baixada. Ele consta ainda como segundo secretário da Associação Empresarial de Maracaju.
No entanto, os dados são da diretoria até 2021, não havendo confirmação se continua com cargo na Assema. Também em consulta ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), não há dados de doações a campanhas eleitorais feitas pelo empresário nos últimos anos.
AGU cobra R$ 100 milhões
A AGU (Advocacia-Geral da União) entrou na Justiça Federal em março para pedir que os financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro sejam condenados ao pagamento de R$ 100 milhões por danos morais coletivos.
Entre as partes, está o empresário de Maracaju, além de mais 53 pessoas físicas, três empresas, uma associação e um sindicato, que também são processados por danos materiais estimados em R$ 20 milhões, por financiarem o fretamento de ônibus para transportar os investigados para Brasília.
A Advocacia da União sustenta que, além dos prejuízos materiais gerados, os envolvidos violaram valores jurídicos estabelecidos com o Estado Democrático de Direito.
Operação Lesa Pátria
A PF deflagrou a 11ª fase da Operação Lesa Pátria em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. São 22 mandados de busca e apreensão.
O objetivo é identificar pessoas que financiaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por pessoas que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.