Elaynne Cristinny Aguiar, 27 anos, acompanha a recuperação da filha Luísa, que nasceu prematura, aos sete meses, e está há 79 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA), em Santarém, no Oeste do Pará. A assistente financeira, que passa horas na unidade por conta do tratamento da filha, nesta quinta-feira (25) ela vivenciou momentos de descontração ao lado de outras mães e de funcionárias do HRBA.
Ela aprendeu a pintar e confeccionar cadernos de anotação. “Muitas mães passam o dia inteiro aqui, e muitas vezes estamos preocupadas com os nossos filhos. Nesses momentos, a gente se distrai. Uma conversa; outra conta uma história. A gente faz essas confecções e a nossa mente vai se distraindo. É uma terapia. Eu não tenho muito talento com artesanato, mas já aprendi a fazer umas flores durante uma oficina e um monte de outras coisas”, disse Elaynne.
Os encontros ocorrem a cada 15 dias, na maloca do Hospital, e fazem parte do projeto Grupo Terapêutico. Uma iniciativa dos setores Psicossocial e Humanização, que promovem oficinas e atividades para as mães durante o tempo em que estão na unidade. “As mães acabam ficando por aqui e passam o dia inteiro no Hospital, muitas vezes durante todo o tempo em que os bebês estão na UTI. A gente tenta trazer para um ambiente diferente de um leito, promove esse contato com a natureza também para tentar minimizar o estresse, a angústia e até o sofrimento psicológico dessas mães”, explicou a psicóloga da UTI Neonatal, Neidiane Costa.
Entre as atividades promovidas estão oficinas de corte e colagem, pintura, desenho e artesanato. O objetivo é que as mães saiam do HRBA com novas habilidades, além de proporcionar um momento de lazer, quebrando a rotina dentro do Hospital. “Sempre pensamos no que pode ser útil para essas mães. Algo que elas possam confeccionar depois, em casa, que vire até uma atividade laboral e traga uma renda para elas no futuro. É um momento que elas podem compartilhar experiências no Hospital, e até conversar sobre outros assuntos para aliviar o estresse e distrair”, afirmou a psicóloga.
Estrutura - O Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência no atendimento no este paraense. Conta com 19 leitos nas duas alas de Unidade de Terapia Intensiva e trata de bebês prematuros, e de crianças com outras complicações durante o nascimento ou nos primeiros meses de vida.
Além da recuperação dos bebês, ações como essa também cuidam do bem-estar das mães. “Os bebês precisam muito da saúde e da força das mães para se recuperarem. E para isso, elas também precisam estar bem. Sabemos que o acompanhamento do dia a dia de tratamento pode ser estressante, e o projeto do grupo terapêutico ajuda, faz com que elas tenham um momento para se divertir e aprender algo novo. Isso faz parte do nosso atendimento humanizado. Faz toda a diferença na estadia das mães aqui, e também no tratamento dos bebês”, destacou o diretor-geral do HRBA, Éder Lúcio de Souza.
O Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência em média e alta complexidade para uma população de 1,4 milhão de pessoas, residentes em 30 municípios do Oeste do Pará. O HRBA presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.
Serviço: A unidade pertence ao Governo do Pará, sendo administrada pelo Instituto Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Hospital funciona na Avenida Sérgio Henn, nº 1100, no bairro Diamantino, em Santarém, município cerca de 700 km de distância de Belém.
Texto: Ascom/HRBA