Uma pesquisa Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgada neste sábado (3) revelou que os preços do diesel e da gasolina seguem caindo nos postos de Rondônia.
De acordo com o órgão regulador, entre 28 de maio e 3 de junho, o valor do diesel caiu de R$ 5,69 para R$ 5,59, em média. Já a gasolina reduziu de R$ 5,79, para R$ 5,77.
O óleo diesel voltou a ficar mais barato que a gasolina na semana passada, após um ano com preço custando entre R$ 6 e R$ 8.
Neste início de junho, o etanol também registrou queda de preço nos postos do estado, custando agora R$ 4,86. Na semana anterior, o litro custava R$ 4,89.
Mais do levantamento
A ANP também trouxe mais informações neste levantamento semanal. Segundo o órgão regulador, o preço médio é calculado com base no que é cobrado dos consumidores tanto na capital Porto Velho quanto nos municípios do interior de Rondônia.
Gasolina: o combustível iniciou junho custando R$ 5,77.
Por mais de dois meses, o valor ficou na casa dos R$ 6 devido à reoneração feita pelo governo federal. A queda no último mês chega a mais de 3%.
Atualmente, o preço máximo do combustível encontrado nos postos pesquisados segue custando R$ 5,99.
Diesel: o valor caiu pela 8ª semana seguida, custando agora R$ 5,59.
Em seis semanas, o valor do diesel ficou 10% mais barato no estado de Rondônia.
Segundo a ANP, o litro mais caro encontrado nos postos custa R$ 6,68.
Etanol: o valor do litro caiu para R$ 4,86, após se manter por três semanas em R$ 4,90.
O litro mais barato encontrado pela ANP custa R$ 4,36 em Rondônia;
Já no posto mais caro, o etanol sai a R$ 5,39.
Tendência de queda
Os preços da gasolina e do diesel devem continuar caindo. Isso porque a refinaria da Amazônia (Ream), que atende o estado de Rondônia, anunciou em 19 de maio a redução média nos preços.
Segundo nota divulgada, o preço da gasolina deve cair 3,35%, enquanto no óleo diesel a redução deve ser de 3,91% a 4,08%.
A refinaria da Amazônia divulgou o reajuste três dias após a Petrobras anunciar redução e mudar as regras. A partir de agora, a Petrobras não segue mais a política de paridade de importação, onde o preço dos combustíveis era definido com bases nas oscilações do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional.
A estatal terá como base para definir seus preços duas principais referências, o Custo Alternativo do Cliente, que na prática é a relação entre os preços ofertados pela Petrobras e o preço de substitutos, como o etanol e o preço da concorrência.
Desde o início de março havia ocorrido uma alta no preço médio dos combustíveis, causado pela reoneração feita nacionalmente.
A reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso decida converter a medida provisória em lei.
Política de preços
A Petrobras anunciou uma mudança na sua política de preços. Desde então, a estatal não obedece mais à política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.
Agora, a empresa levará dois pontos como referência para a determinação dos seus preços:
o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação;
o valor marginal para a Petrobras.
A medida passou a valer no dia seguinte, mas leva um tempo até que os reflexos sejam percebidos, de fato, nos postos.
Vale lembrar que os preços praticados pelos postos de combustíveis também levam em conta, além dos impostos, o lucro das distribuidoras e de revendedoras.
A redução no preço da gasolina pela Petrobras foi de R$ 0,40 por litro, queda de 12,6%;
A redução no preço do diesel pela estatal foi de R$ 0,44 por litro, queda de 12,8%.