09/07/2023 às 00h04min - Atualizada em 09/07/2023 às 00h04min

Enfermeira que estava desaparecida é encontrada morta com sinais de estrangulamento

Gazeta Rondônia

A Polícia Civil de Alegrete (RS) confirmou que o corpo encontrado na tarde de quinta-feira (6) nas águas do Rio Ibirapuitã é da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, 40 anos, que morou e se formou em Santa Maria. Ela estava desaparecida desde 19 de junho, quando veio de Dublin, na Irlanda, para passar férias no Brasil e aproveitou para tratar de questões relacionadas a uma herança familiar na cidade da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. 

Desde que chegou ao Estado, em junho, a enfermeira, natural de Alegrete, não foi mais localizada. A descoberta do corpo no trecho do rio que fica no Bairro Vila Nova confirma que Priscila foi assassinada. A necropsia indicou que a causa da morte foi estrangulamento. Também havia marcas de espancamento no corpo. Familiares confirmaram a identidade da vítima. 

 
A gaúcha veio ao Estado para tratar da herança deixada pelo pai, falecido em 2020, além de visitar alguns parentes. A mãe dela também já é falecida. 
 
Priscila chegou a morar em Santa Maria, onde cursou Enfermagem na Universidade Franciscana (UFN). Ela ainda mantinha um apartamento na cidade. Como estava de férias no Brasil, aproveitou para tratar de documentos relacionados ao IPTU do imóvel, que está alugado.
 
Em 2019, após se formar em Enfermagem na UFN, ela se mudou para o país da Europa, perto da Inglaterra. A intenção era aprimorar os estudos em inglês. 
 
Como estava de passagem por Santa Maria, em junho, Priscila aproveitou para se reunir pessoalmente com o advogado Rafael Hundertmark de Oliveira, que contratou em 2020, quando estava na Irlanda, para tratar da herança do pai. Até então, ambos só se comunicavam via redes sociais. 
 
Uma primeira reunião ocorreu em 15 de junho no escritório do advogado em Santa Maria. Um segundo encontro havia sido agendado para o dia 19, em Alegrete. Contudo, ela não apareceu na data agendada. 
 
Oliveira afirma que estranhou o fato, já que ela era uma pessoa pontual. No dia seguinte, ele enviou uma mensagem por WhatsApp, mas ela não recebeu. Também não aparecia mais a foto dela no perfil da rede social. No mesmo dia 20, um familiar procurou Oliveira e avisou do desaparecimento. 
 
Inventário
 
O advogado garante que não havia problemas em relação ao inventário do pai. Porém, havia outros processos envolvendo questões patrimoniais envolvendo familiares.

 
”O problema é que isso se desdobrou em outras questões que estavam sendo discutidas em outros processos, mas não com herdeiros desse inventário”. Informa  o advogado.
 
A enfermeira era filha única do casal, que havia se separado há muitos anos. Somente há pouco tempo ela soube da existência de uma irmã, por parte de pai. O advogado diz ter ficado chocado com o desfecho do caso, pois nunca imaginou que isso pudesse acontecer devido à personalidade de Priscila. 
 
“Ela era uma pessoa extremamente calma, pacífica. Não gostava de problemas e discussões, tanto que muitas vezes cedia em alguns pontos para não ter problemas”. Relata.  
 
Com relação ao assassinato, ele afirma que a polícia não descarta nenhuma hipótese. 
 
“Não se descarta a hipótese de o crime ter sido motivado por disputa de patrimônio. Não necessariamente pelo inventário, mas por patrimônio além do inventário”. Revela Oliveira, que procurou a polícia ainda em 20 de junho e levou documentos da cliente. 
 
A Polícia Civil mantém sigilo sobre as investigações do assassinato.
 
O corpo foi enterrado às 14h de sexta-feira no Cemitério Municipal de Alegrete.

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Fonte: Diário SM.


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