14/08/2023 às 15h17min - Atualizada em 14/08/2023 às 15h17min

JI-PARANÁ: Após 30 dias afastado, possibilidade de Isau Fonseca voltar ao cargo de prefeito fica cada vez mais distante

Gazeta Rondônia

Desde sua saída repentina em 13 de julho de 2023, a massa de bajuladores sobrante do prefeito afastado Isau Fonseca, que continua pairando nos órgãos municipais, torce diuturnamente pela volta de seu chefe. As narrativas se renovam toda a semana, ao sabor do vento, sempre no sentido de que a justiça decidirá – o mais breve – em seu favor. Incautos.

No momento, em termos simples, Isau Fonseca aguarda a segunda decisão do Habeas Corpus que impetrou no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Antes disso, a defesa do prefeito afastado pediu para realizar uma sustentação oral, que sequer foi marcada ainda pelo Tribunal. Estima-se que a decisão pode demorar até meses para sair. Até lá, a situação do “Meu Preto” – que já está preta – pode ficar ainda mais preta.


O inquérito da DRACO, capitaneado pelos delegados Fred Mercury, Roberto dos Santos e Rondinelly Moreira, apontam Isau Fonseca como líder da organização criminosa (ORCRIM) e traz elementos que reforçam a tese:

(1) Isau Fonseca contratou Adeilson Francisco Pinto, pregoeiro da CIMCERO, logo após o término da licitação das luminárias, a qual foi acusado de fraudar;

(2) Em depoimento, a ex-controladora-geral do Município, Patrícia Margarida Oliveira, afirmou que era coagida pelo então prefeito e seu capanga, Diego André Alves, Secretário da Fazenda, a fraudar pareceres em favor da administração;

(3) Isau Fonseca quem comandou a “fabricação” da licitação, produzindo todos os documentos necessários, e utilizando a CIMCERO como “cortina de fumaça”, conforme apontam as investigações. O inquérito Polícia aponta ainda que as datas dos documentos foram fraudadas. “Acredita-se que a ordem dos documentos, numerados sequencialmente, corresponda à verdadeira cronologia dos eventos, ao contrário das datas que foram artificialmente manipuladas”, consta no inquérito.

Para além do supracitado, as investigações serão aprofundadas agora, após a quebra do sigilo bancário, telemático e fiscal – tudo quanto é tipo de quebra foi feita pelo poder judiciário. De agora em diante, as autoridades começarão a montar o quebra cabeça e poderão chegar em muitos outros crimes além das lâmpadas.

A atual gestão do prefeito em exercício, Joaquim Teixeira (PL), abriu as portas para a Polícia, Ministério Público e Tribunal de contas. Logo, as coisas não andam nada boa para o prefeito afastado, e é bem provável que não voltará ao cargo.

Os bajuladores de plantão deveriam se desapegar de seu líder supremo, para evitar o desgaste emocional. Fica a dica.

Fonte: Leone Oliveira/Fronteira 364.


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