16/08/2023 às 16h40min - Atualizada em 16/08/2023 às 16h40min

VÍDEO: Alvo de buscas da PF que apura compra ilegal de testes de Covid em Rondônia, tinha pedras preciosas e cômodo secreto em casa

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Pedras preciosas e um cômodo secreto dentro de um guarda-roupa foram encontrados na casa de um empresário mineiro que foi alvo, na manhã desta quarta-feira (16 de agosto), de uma operação da Polícia Federal de Rondônia e da Controladoria-Geral da União (CGU). Os itens foram achados durante o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e Nova Lima, na região metropolitana, na 3ª fase da operação Polígrafo, que apura fraudes na compra de 100 mil testes de Covid ineficazes para o Governo do Estado do Norte do país, em 2020, no auge da pandemia.

A investigação apontou que o lucro das vendas dos testes seria dividido entre os alvos da apuração, sendo que há evidências de "possível oferecimento de vantagem indevida a funcionários da Anvisa para acelerar o processo de registro", conforme a PF. A corporação indicou que houve superfaturamento de 39,43% do preço.


Os alvos da operação nesta quarta teriam sido contratados pelos sócios da empresa que tentava realizar a venda dos testes por ter "influência em órgãos federais" visando "garantir a liberação pela Anvisa". A aprovação dos produtos pelo órgão de fiscalização ocorreu apesar dos testes terem se mostrado ineficientes, com diversas denúncias de resultados falsos.

Imagens obtidas mostram a casa do investigado, as pedras preciosas apreendidas no local e, ainda, a existência do fundo falso em um armário do imóvel. Conforme o delegado José Augusto de Lima Neto, chefe da Delegacia de Combate a Crimes de Corrupção e responsável pela apuração, nada de "relevante para a apuração" foi apreendido no cômodo.
"Contatos com a alta cúpula do Governo Federal", diz delegado

Para a reportagem, o delegado José Augusto de Lima Neto, que esteve em BH para participar da operação, explicou que os alvos desta 3ª fase tinham contatos com a "Alta Cúpula" do Governo Federal na época e, também, junto à Anvisa.

 
"Os alvos possuíam vários contatos junto à cúpula do Governo Federal e à Anvisa. Eles atuaram no sentido de conseguir obter autorização para a utilização dos referidos testes", completou o policial. 

A operação

A investigação da operação Polígrafo teve início após uma denúncia indicar para uma fraude na dispensa de licitação por parte da Secretaria de Saúde de Rondônia na aquisição dos testes. Sob a alegação de que se tratava de ação de combate à pandemia, os exames foram comprados por R$ 10,5 milhões, sendo que R$ 3,15 milhões foram pagos antecipadamente.

De acordo com a CGU, os levantamentos apontaram que a empresa envolvida não possuía capacidade técnica e ainda vendeu os testes sem o registro na Anvisa e com atraso de 40 dias.

O Governo de Rondônia foi questionado, e informou, por nota, apenas que não houve buscas "no prédio da pasta e em nenhuma residência de quaisquer servidores".

 
"Ressaltamos que a Sesau está contribuindo de todas as formas com a ação", completou.
 


Fonte: O Tempo.

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