Um crime chocante desvendado esta semana deixou a Paraíba e todo o Brasil perplexos. Maria Victória Aragão Alves, uma adolescente de 14 anos, foi vista pela última vez no início da noite de 29 de agosto, no distrito de Galante, pertencente ao município de Campina Grande, segunda maior cidade da Paraíba. Ela disse para familiares que encontraria umas amigas num campo de futebol da região, para bater papo, mas nunca mais apareceu.
Como a menina era pacata e sem qualquer envolvimento com drogas ou atividades delituosas, seus parentes desde a primeira madrugada após o desaparecimento já procuraram uma delegacia e registraram o sumiço da adolescente. Nos dias seguintes, mensagens passaram a chegar para o avô de Victória pelo número do celular da neta. Alguém se passando por ela afirmava “odiar Galante”, o distrito onde vive a família, e anunciava uma fuga para Campina Grande.
Três dias após Victória sair e não mais voltar, a polícia paraibana informou ter encontrado um corpo numa área erma e rural de Galante. O cadáver estava tão decomposto que sequer era possível identificar idade ou se se tratava de um homem ou uma mulher. Os peritos perceberam que o corpo, na verdade, estava quase totalmente “dissolvido”, como se um produto químico tivesse sido empregado para dar fim aos restos mortais. Não havia mais as vísceras, que estavam como que “consumidas” por um agente corrosivo.
No entanto, em um dos dedos da vítima, havia um anel preto. O objeto foi identificado como sendo de Victória, assim como a análise das unhas, pintadas de azul, que também correspondiam ao estilo usado pela menina quando desapareceu. Um trabalho de investigação dos peritos do Delegacia de Homicídios e do Instituto de Polícia Científica (IPC), analisando também algumas digitais preservadas, finalmente comprovou, dia 5 deste mês, que o corpo era da adolescente desaparecida.
Os investigadores, após ouvirem amigas da menina, parentes e testemunhas, finalmente chegaram a um adolescente de 15 anos e à prima dele, de 16. A dupla teria premeditado e assassinado Victória pelo que o delegado do caso, Ramirez São Pedro, classificou como “uma paquera não correspondida”. A dupla que cometeu o crime ainda chegou a entrar na casa de um terceiro adolescente e plantar “indícios” ligados ao assassinato para tentar envolver esse jovem na trama, mas a polícia descobriu que ele não fez parte do horroroso plano em momento algum.
Uma perícia nos celulares dos dois acusados menores de idade revelou que eles realizaram várias pesquisas buscando descobrir que tipo de produto químico poderia ser usado para dissolver um corpo, sem deixar pistas. Os dois acabaram confessando o crime ao serem interrogados e, de acordo com o delegado, o caso está solucionado, restando apenas esclarecer alguns poucos pontos em que há divergências nas versões dos primos que cometeram o assassinato, que estão provisoriamente internados por 45 dias numa unidade destina a menores infratores da Paraíba.
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