18/09/2023 às 19h50min - Atualizada em 18/09/2023 às 19h50min

Popular entre os jovens, o cigarro eletrônico pode causar diversas doenças

Porto Velho está em 6º lugar no ranking das cidades que mais têm fumantes, aponta OMS

Gazeta Rondônia
Assessoria

Os cigarros eletrônicos entraram no mercado como uma alternativa aos tradicionais, com a promessa estratégica de não gerar prejuízos à saúde dos usuários. Rapidamente, esses equipamentos se tornaram populares no país, principalmente entre os jovens. Entretanto, assim como os cigarros com tabaco, os dispositivos eletrônicos trazem graves problemas. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os vapes, como são conhecidos esses dispositivos eletrônicos, possuem nicotina inalada, além de substâncias tóxicas, entre elas metais e compostos causadores de vários tipos de câncer. A SBPT afirma ainda que os usuários de cigarros eletrônicos têm quatro vezes mais risco de se tornarem fumantes de cigarro convencional, pois, ao invés de diminuir, pode aumentar a dependência à nicotina. 


A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco é responsável por cerca de 8 milhões de mortes a cada ano, sendo sete milhões causadas pelo uso direto e cerca de 1,2 milhão resultantes da exposição ao fumo passivo. 

Não consumir nenhuma versão do cigarro ou parar de fumar sempre serão os melhores caminhos para prevenir doenças e ter uma vida mais saudável. 

 
"O tabaco fumado em qualquer uma de suas formas contribui significativamente para acidentes cerebrovasculares e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, podendo ser fatal. Além disso, provoca diversos tipos de câncer, como, por exemplo, de pulmão, laringe, boca, bexiga e outros", explica a médica pneumologista e professora do Idomed, Audry Machado. 

"Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também estão associados ou são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, assim como para muitas patologias bucodentais", complementa a profissional. 

Além de estar associado como a principal causa de doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades.

 
"Doença pulmonar obstrutiva crônica - enfisema e bronquite -, tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata estão entre o vasto leque de doenças associadas ao uso do cigarro", finaliza Audry. 

Crescimento de fumantes em Rondônia 

Na capital de Rondônia, Porto Velho, a pesquisa mais recente divulgada pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, mostra que, em seis anos, o índice de fumantes passou dos 10% pela primeira vez. 

Com 11,07%, a cidade está em 6º lugar no ranking das que mais têm fumantes, atrás de Campo Grande, Distrito Federal, Curitiba, São Paulo e Rio Branco. 

Benefícios de abandonar a dependência: 

- Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal; 

- Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue; 

- Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza; 

- Após 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor; 

- Após dois dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar degusta melhor a comida; 

- Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora; 

- Após um ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade; 

- Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram. 

Se precisar de ajuda no processo de abandono do consumo das versões de cigarro, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com o programa Disque Saúde. Para obter ajuda ou esclarecimentos de como proceder, ligue para o número 136. 

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Fonte: Alberto Dergan.


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