O filho de 3 anos de Dayane Stefanie Henn Tricote, de 27 anos, permaneceu sozinho ao lado do corpo da mãe, assassinada com ao menos seis tiros, por cerca de 20 horas, até que a casa fosse aberta com a ajuda de vizinhos, por volta das 21h desta quarta-feira (15), em Presidente Prudente, no interior de São Paulo.
O companheiro dela, Felipe Pereira Tricote, também de 27 anos, é o principal suspeito pelo crime. Ele fugiu da residência, no início da madrugada dessa quarta, logo após vizinhos ouvirem sons de tiros e acionarem a Polícia Militar.
A reportagem apurou que Felipe tem várias passagens criminais, quase todas por furto, as quais preenchem duas laudas de registros da Polícia Civil, além de uma por injúria.
Quando PMs foram até a residência pela primeira vez, por volta da 1h, em um conjunto de apartamentos no bairro Cecap, bateram na porta da casa da vítima. Eles não foram atendidos e, por isso, foram embora.
Durante o dia, sem que ninguém percebesse, o carro e a moto de Felipe foram retirados do local.
Sozinho com o corpo
Os vizinhos estranharam o silêncio no apartamento, localizado no segundo andar, que durou “todo o dia”. Por volta das 21h, como relatado por eles à polícia, avistaram na janela da sala um dos filhos da vítima, um garotinho de 3 anos.
Ao ser indagado se havia mais alguém na casa, ele respondeu que estava com a sua mãe, “machucada”. Em suas redes sociais, Dayane afirmava ter três filhos.
A criança não conseguiu abrir a porta do apartamento e jogou a chave aos vizinhos, que entraram no local e encontraram o corpo de Dayane, já com rigidez, segundo laudo pericial — indicando que havia morrido há algum tempo.
Tiros nas costas, nuca e peito
O laudo pericial preliminar do caso mostra que Dayane foi morta com ao menos seis tiros, que atingiram as regiões das costas, nuca e peito. Alguns deles foram dados à curta distância.
Foram encontrados três projéteis, semelhantes aos de um revólver calibre 32.
O caso é investigado como violência doméstica e homicídio qualificado, por ter sido praticado contra cônjuge, pela Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Presidente Prudente.
Até a publicação desta reportagem, Felipe não havia sido localizado.
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