Além das escalas de abate mais confortáveis, ao longo de janeiro, as variáveis a serem acompanhadas são o fluxo da exportação brasileira, o clima, as condições das pastagens e a evolução de preços no atacado. Veja as expectativas do boi gordo para 2024.
boi gordo
A produção de carne bovina em 2023 deve atingir números históricos de 9,467 milhões de toneladas, crescimento de 8,1% se comparado a 2022.
Além desse ponto, o país enfrentou questões sanitárias relacionadas a exportação e, claro, é preciso levar em conta o volume recorde de animais abatidos. Em função do ciclo pecuário de preços (fase de baixa) e da expectativa de aumento no descarte de fêmeas, já esperava-se um ano pressionado negativamente, em termos de preços no mercado do boi gordo.
Em grande parte do país, os frigoríficos continuam sinalizando escalas de abate confortáveis dentro da primeira quinzena de janeiro, conforme destacou o analista de Safras & Mercado, Allan Maia. Segundo ele, além das escalas, ao longo de janeiro, as variáveis a serem acompanhadas são o fluxo da exportação brasileira, o clima, as condições das pastagens e a evolução de preços no atacado. Frigorífico com dívida de R$ 135 milhões tem falência requerida Em 2024, a oferta de fêmeas ainda seguirá impactando o mercado do boi gordo, mas em menor ímpeto que o assistido em 2023, prevê o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.
Na visão de Fabbri, tal conjuntura (menor intensidade nos abates de vacas/novilhas) colaborará para um quadro de preços da arroba menos tensionado como foi em 2023. “Esperamos que, após dois anos de um mercado pressionado, em 2024 o pecuarista comece a respirar mais aliviado, para, a partir de 2025, termos a perspectiva de braçadas mais longas e melhores resultados”, acredita Fabbri, um dos analistas da Scot que acompanham diariamente o setor pecuário.
O ano do boi gordo foi marcado por números recordes no setor de pecuária no Brasil, com abates de bovinos e produção de carne bovina atingindo patamares históricos. Ainda segundo a estimativa de Safras & Mercado, levando em conta dados de inspeção federal, estadual e municipal, indica que o Brasil deve fechar o ano com abates de 34,2 milhões de bovinos, crescimento de 8% na comparação a 2022. Boa parte desse aumento foi determinado pelo abate de fêmeas, que cresceu 10,2% em relação ao ano anterior.
No fechamento do ano, em seu último dia útil, o mercado do boi gordo andou lateralizado e sem grande fluxo de negociações nas praças pecuárias acompanhadas. Cenário foi visto pois muitos pecuaristas estavam ausentes das negociações e unidades frigoríficas fora das compras. Fonte: comprerural