07/01/2024 às 23h15min - Atualizada em 07/01/2024 às 23h15min

​Policial penal que estava desaparecido é encontrado morto, amigo confessou o crime

Gazeta Rondônia

Manelito Júnior (camisa vermelha) confessou ter matado o policial penal José Françualdo - (crédito: Material cedido ao Correio)
Familiares do policial penal do Estado de Goiás José Françualdo Leite Nóbrega confirmaram ao Correio que o corpo do servidor público foi encontrado na tarde deste sábado (6), em Padre Bernardo, no estado de Goiás.

O servidor público sumiu em 27 de novembro de 2023, depois de sair de Águas Lindas (GO) para ir a Brasília buscar R$ 40 mil. Um dia depois do sumiço, o carro de José foi encontrado carbonizado no Núcleo Rural Três Conquistas, no Paranoá. 


José era lotado na Unidade Prisional de Santo Antônio do Descoberto e prestava serviços na 3ª Coordenação Regional Prisional. O Correio apurou que o servidor trabalhou normalmente no domingo, um dia antes do desaparecimento. As informações foram repassadas à família por um dos funcionários da loja de aluguel de materiais de construção, da qual o policial também era dono.
 
AMIGO CONFESSOU O CRIME
 
Manelito de Lima Júnior era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Amigo há mais de 15 anos de José Françualdo Leite Nóbrega, 36 anos, o servidor público do Estado de Goiás orquestrou todo o plano para executar o policial penal. Françualdo ficou desaparecido por mais de um mês e teve o corpo encontrado na tarde desse sábado (6), em uma área de mata, entre Cocalzinho de Goiás e Padre Bernardo (GO).

Ao ser preso, na noite de sábado, o homem confessou o crime e deu detalhes à Polícia Civil sobre toda a ação, que ocorreu em 27 de novembro do ano passado, mesmo dia em que Françualdo desapareceu. Naquela noite, o policial convocou uma reunião em casa, em Águas Lindas, para tratar sobre questões financeiras da empresa que era dono, uma loja de aluguel de materiais de construção. Os encontros eram de praxe, ocorriam todo final do mês e só participavam os funcionários mais próximos e de confiança.

Manelito era um deles. Braço-direito de Françualdo, ele era o responsável por todo o controle financeiro da empresa. Além dele, Daniel Amorim Rosa e Felipe Nascimento trabalhavam na loja e também eram tidos como empregados de confiança. A família da vítima conta que a auditoria a ser realizada em 27 de novembro trataria sobre um suposto desvio de dinheiro. “Meu irmão desconfiou que os funcionários estavam roubando ele. A gente acredita que eles souberam da desconfiança e decidiram matá-lo”, contou José Wagner, um dos irmãos do policial.

Antes mesmo da reunião começar, Françualdo foi surpreendido e assassinado covardemente, com quatro tiros, no próprio sobrado de casa. A partir dali, iniciou-se uma força-tarefa por parte dos executores para desovar o corpo e limpar a chácara. Segundo as investigações, Daniel e Felipe levaram o corpo até a região de mata, uma antiga cascalheira, e, lá, atearam fogo no cadáver. Manelito, por sua vez, organizou toda a residência, lavou o imóvel e saiu levando o colar, a pulseira de ouro e a pistola do amigo.

Um dia depois do crime, os assassinos levaram a caminhonete de Françualdo até uma estrada de chão, no Paranoá, e queimaram o veículo. Dias depois, “plantaram” o boné do policial com a logo do sistema prisional em um córrego de Planaltina. A intenção era despistar a polícia. Os investigadores trabalham com outros dois suspeitos: Deivid Amorim Rosa, irmão de Daniel, e Marinalda Mendes, esposa de Manelito. A mulher teria auxiliado na queima do veículo da vítima.

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Fonte: Correio Braziliense.


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