O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), alerta sobre a importância dos pacientes que buscam atendimento contra a covid-19 apresentarem documentos para otimizar a assistência. Para dar entrada nos hospitais, é preciso a identificação por meio de duas xerox do RG, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência e até três contatos telefônicos que podem ser da família, amigos e vizinhos.
É por meio dessa identificação que o serviço de assistência à saúde, consegue prestar auxílio eficiente e preciso aos pacientes. De acordo com a assistente social do Hospital de Campanha da Zona Leste, em Porto Velho, Élen Sampaio, a identificação é importante para realização dos exames, divulgação de boletim médico para a família ou amigos, transferências para os outros hospitais, além de permitir uma assistência humanizada aos familiares e amigos de pacientes que vão a óbito.
‘‘Quando não há apresentação dos documentos e o paciente vai a óbito, gera-se uma demanda na rede em busca do familiar ou amigo que conheça o paciente. Existe um desconforto por não saber quem são os familiares para dar a notícia dignamente’’, explica a assistente.
Algo tão essencial, mas que tem sido preterido por uma parcela significativa dos pacientes. ‘‘Entre 10 pacientes, quatro deixam de trazer as documentações’’, conta a assistente social ao destacar que outra forma de obter as informações é por meio de prontuários sociais, mas nem sempre os pacientes atendidos em Unidades de Pronto Atendimento chegam para internação com prontuários.
Além disso, os próprios pacientes, quando em estado grave, não tem condições de se identificarem, e se não estiverem sendo acompanhados por familiares, a identificação torna-se um desafio. Nesses casos, até os motoristas responsáveis pelos deslocamentos dos mesmos são essenciais na busca por encontrar com algum familiar ou amigo do paciente.
Já no Hospital de Campanha de Rondônia (HCAMP), a assistente social Alexandra Dantas, relata que a maioria já chega a unidade com a documentação ou algum familiar vem acompanhando portando os documentos, mas quando isso não ocorre, o que está mais vinculado a pacientes do interior, também é adotado o procedimento de busca da ficha social realizada pela última unidade na qual foi atendido ou por meio de familiares.
‘‘Quando os pacientes chegam sem a documentação, solicitamos as imagens da mesma através do WhatsApp de algum familiar, contato fornecido pelo próprio paciente. Quando o paciente chega inconsciente ou sem condições de falar, procuramos a ficha social realizada pela última unidade que passou e através dela realizamos o contato com o familiar’’, conta.
Ela reforça que a documentação do paciente é importante para a admissão do mesmo no hospital, pois desta forma é possível realizar todas as outras medidas de assistência à saúde. Alexandra destaca ainda que apesar dos desafios de atender pacientes sem o porte de documentos, a Saúde Estadual está comprometida em atender todos da melhor forma possível na luta pela vida nesta pandemia.