O Tesouro de Vilhena é um dos achados mais significativos da época da Idade do Bronze na Península Ibérica. A coleção inclui tigelas, garrafas e pulseiras trabalhadas em ouro, prata, ferro e âmbar. Mas um novo estudo aponta que elemento espaciais estão presentes no tesouro.
Pesquisadores do Museu Arqueológico Nacional, da Autoridade de Desenvolvimento do Portão de Diriyah (Arábia Saudita) e do Instituto de História CSIC tentaram resolver o mistério. Em estudo publicado em Trabajos de Prehistoria, eles revelaram que dois objetos presentes no Tesouro de Vilhena teriam sido perfurados utilizando ferro meteórico.
Segundo os especialistas, antes da introdução do processo de fundição, o ferro era considerado um metal precioso, com o ferro meteórico sendo a única fonte desse metal utilizado para a criação de joias, ferramentas e armas durante a Idade do Bronze.
O trabalho de análise se concentrou em uma pulseira e uma pequena semiesfera oca adornada com uma folha de ouro, possivelmente a parte superior de um cetro ou cajado. Nos materiais foram encontrados traços de ferro e níquel.
As amostras foram submetidas a um estudo de espectrometria de massas no Curt-Engelhorn-Centre of Archaeometry gGmbH, que indicou que a tampa provavelmente foi confeccionada com ferro meteórico, com referência comparativa à composição global do meteorito Mundrabilla de ferro, que caiu na Terra há menos de um milhão de anos.
Os autores do estudo afirmam que os dados sugerem que a tampa e a pulseira são as primeiras peças atribuíveis ao ferro meteórico na Península Ibérica, alinhando-se com uma cronologia do final da Idade do Bronze, antes do início da produção generalizada de ferro terrestre. Fonte: Olhar Digital