O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, está desenvolvendo um projeto de extensão chamado “De Patas Dadas”, com a missão de dar suporte à Associação “Amor de Quatro Patas” nos cuidados de gatos e de cachorros abandonados na cidade de Vilhena. O projeto começou as atividades em maio de 2020, em parceria com a empresa Aliança Distribuidora Agropecuária, e colabora na manutenção dos abrigos e no tratamento dos animais em situação de abandono, para que, assim que sadios, estejam aptos à adoção.
Sem dinheiro e com um alto custo para funcionar, a Associação depende da doação da população para continuar funcionando. Sob a coordenação da professora Heloísa Miranda, o projeto é uma estratégia de contribuição do IFRO com a comunidade no seu entorno. Para Heloísa, o projeto cumpre um papel importante no sentido de inserir a comunidade acadêmica no exercício da cidadania, uma vez que poucas pessoas têm conhecimento das condições adversas às quais um animal que foi abandonado fica exposto, sendo ainda pequena a participação popular no sentido de contribuir para a solução desse problema social.
Heloísa conta que em 2020 o projeto contou com dez bolsistas e que diariamente dois bolsistas iam ao abrigo e prestavam assistência. “A gente vai lá para poder contribuir, para ajudar a cuidar dos cachorros. Fazer a limpeza do ambiente, dar comida, catar cocô, e nisso, vai criando um laço de afetividade com os animais que é bem bacana. Então, o projeto não comprou só ração, também adquiriu medicações, como anti-inflamatórios, vermífugos e antibióticos”, explica Heloísa.
Atualmente estão sob os cuidados da Associação aproximadamente 110 cachorros e 260 gatos em lares temporários. De acordo com Adriana Poletini, presidente da Associação, o cenário pandêmico fez com que as doações diminuíssem e, em contrapartida, o abandono aumentasse. Ela explica que as adoções também diminuíram nos últimos meses. “Normalmente estávamos doando 20 por mês, todos saudáveis, castrados e vacinados. Atualmente doamos 10 mensais”, pontua Adriana.
Adriana relata que entre o quantitativo de animais há 30 inadotáveis, que são os idosos e deficientes que ninguém quis adotar. Ela declara que os bolsistas do projeto ajudaram significativamente no trabalho com os animais em tratamento, para que estivessem aptos à adoção e com banhos e passeios com os cães mais velhos. O projeto foi regido por um edital de incentivo à extensão, que além de auxiliar nos cuidados diários dos animais visou contribuir com o desenvolvimento socioemocional dos estudantes participantes e com o estreitamento das relações entre os seres humanos e os animais. Segundo o documento, as ações vêm sendo desenvolvidas desde maio de 2020 e serão mantidas em 2021. Mas nada impede que a população também se sensibilize e ajude a causa. Fonte ASCOM