06/06/2024 às 16h14min - Atualizada em 06/06/2024 às 16h14min

07 indígenas morrem em queda de ponte próxima a Rondônia

Gazeta Rondônia

Uma ponte na Bolívia perto da fronteira com o Brasil desabou nesta quinta-feira (6), deixando sete pessoas mortas, uma delas grávida, de acordo com autoridades locais.

As vítimas eram indígenas que estavam às margens do rio no momento em que a estrutura desabou e integrantes de um veículo que trafegava sobre a ponte no momento da queda. Uma delas estava grávida, de acordo com autoridades locais.

A ponte ligava os municípios de Trinidad e Santa Ana de Yacuma, ambos na região de Beni, que faz fronteira com Rondônia e Mato Grosso.

O grupo de indígenas que morreu, segundo a prefeitura local, vivia em uma aldeia local e costumava vender produtos em Santa Ana de Yacuma, em barco. Eles haviam parado para descansar sob a ponte.

"Eles vinham constantemente ao nosso município para oferecer seus produtos, como bananas. Eles param desse lado do rio, e desta vez foram surpreendidos pelo acidente", disse o secretário-geral de Santa Ana de Yacuma, Rafael Menacho.

Moradores do município afirmaram que nunca houve manutenção na ponte, construída em 2008 e inaugurada em 2010.

 

"Quando a gente passava, a ponte tremia, dava para sentir. Nunca houve manutenção, a ponte ficou como estava (na inauguração). E passavam caminhões pesados por ela", disse a moradora de Santa Ana de Yacuma, Dámaris Neira Sánchez.

 

A ponte sobre o riu Rapulo, na Bolívia, antes de desabar. — Foto: Divulgação

A ponte sobre o riu Rapulo, na Bolívia, antes de desabar. — Foto: Divulgação

Obra de R$ 52 mi sem manutenção

 

A ponte foi inaugurada em 2010 pelo então presidente boliviano, Evo Morales, como uma das principais do país, e custou cerca de US$ 10 milhões (cerca de R$ 52,5 milhões).

Na ocasião, Morales disse que a ponte transformaria em segundos um trajeto que, antes, demorava cerca de nove horas.

Segundo a imprensa local, a ponte estava sustentada por cabos presos em dois pilares que podem ter sofrido corrosão com o tempo por conta da falta de manutenção. Fonte: G1

 


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