22/05/2021 às 06h36min - Atualizada em 22/05/2021 às 06h36min

Pela 1ª vez, maioria dos internados por Covid-19 tem menos de 60 anos

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou, nesta sexta-feira (21), que pela primeira vez no Brasil a mediana da idade de internações em UTIs de todo o país esteve abaixo dos 60 anos. Isso significa que mais da metade dos brasileiro internados não são idosos. O cenário, de acordo com a fundação, é preocupante, já que o Boletim do Observatório Covid-19 mostra que houve um aumento das notificações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nessa faixa etária.
 
“Os casos de SRAG são responsáveis por incidências graves de doenças respiratórias, que demandam hospitalização ou levam a óbitos. São atualmente em grande parte devido a infecções por Sars-CoV-2“, diz a nota.

 
Para chegar a esses resultados, a fundação explicou que a análise comparou a “semana Epidemiológica 1 (3 a 9 de janeiro) e a 18 (2 a 8 de maio) de 2021 e verificou que a mediana da idade das internações hospitalares (idade que delimita a concentração de 50% dos casos) foi de 66 anos na semana 1 para 55 anos na semana 18. Já a mediana de idade de internações em UTI foi de 68 anos na SE 1 para 58 anos na semana 18”.
Os pesquisadores alertam que o ano de 2021 vem, a cada semana, apresentando rejuvenescimento da pandemia.
 
Já sobre o aumento dos casos de SRAG, muitos estados (em particular os da região Sul) — que tiveram redução da doença nas semanas anteriores a semana 18 — apresentam tendência de reversão ou mesmo um aumento no número.
 
De acordo com a análise, mesmo nos estados que continuam apontando redução ou estabilidade, os números de casos ainda permanecem muito altos, demonstrando forte pressão sobre o sistema de saúde.
 
“É fundamental que haja redução sustentada de número de casos para a recomposição do sistema de saúde, inclusive reduzir taxa de ocupação de leitos”, ressaltaram os pesquisadores.

Quebra na “melhoria”
 
A Fiocruz também divulgou que as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) no dia 17 de maio de 2021 sinalizam uma quebra na expectativa que vinha sendo desenhada de melhoria do indicador no país nas últimas semanas. A análise reforça que é preciso ficar atento a este momento da pandemia.
 
“Caso não seja mantida uma queda sustentável, a pandemia poderá retomar a sua expansão”, destacaram os pesquisadores do Observatório.
 
Já a taxa de mortalidade, durante as duas últimas semanas epidemiológicas, houve uma ligeira redução. “No entanto, as taxas de incidência, que refletem os casos novos de Covid-19, permanecem em um platô alto”, alertou a Fiocruz.
 
Mesmo assim, a Fiocruz diz que esse novo cenário socioepidemiológico é visto como preocupante quando considerado o ritmo ainda lento de vacinação no país e a possibilidade de introdução de novas variantes do vírus no Brasil.

Fonte: Metrópoles.
 

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