03/11/2024 às 12h42min - Atualizada em 03/11/2024 às 12h42min

Professora é demitida após perguntar por que não pode ter falta abonada por levar filho no médico

Questionamento foi feito à secretária de educação de Goiás, Fátima Gavioli, que já foi secretária em Rondônia e foi registrado durante reunião com servidores

Gazeta Rondônia

Fátima Gavioli secretária de educação de Goiás, Foto: Divulgação.
Uma professora de geografia foi demitida do centro de ensino onde lecionava, em Padre Bernardo (GO), após perguntar para a secretária estadual de Educação por que professores contratados não podem acompanhar os filhos em consultas médicas e terem a falta abonada por atestado. A professora de 28 anos trabalhava no Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Santa Bárbara.

Durante uma reunião online na última quinta-feira (24), na qual a secretária conversava com servidores da rede estadual de ensino, a docente questionou por que profissionais sem concurso não poderiam ter faltas abonadas ao levar o filho ao médico, informou a TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiás. 

 
Ao ler a pergunta da professora, a secretária de Educação de Goiás, Fátima Aparecida de Fátima Gavioli Soares, que já foi secretária de educação em Rondônia entre 2014 e 2017, respondeu que a professora não seria “obrigada a trabalhar”. "É uma lei federal, né?". Na última segunda-feira, 28, ela foi informada de que o contrato dela venceu e foi rescindido. 

Clique aqui para seguir o canal do Portal Gazeta Rondônia no WhatsApp

Em outro momento da reunião, Fátima aconselhou um professor que reclamava do salário na rede de ensino a "achar serviço que ganha mais”.
 
As declarações da secretária viralizaram nas redes sociais e repercutiram mal entre servidores e profissionais da educação. À afiliada da Globo, ela disse que as respostas foram tiradas de contexto, mas reconheceu que respondeu mal aos servidores. 
 
"Eu confesso a você que eu caí mesmo numa cilada, porque era uma provocação combinada, proposital, e todo ser humano, por mais controlado que seja, tem horas que você realmente dá uma resposta até que depois se arrepende. Eu não vou negar. Nós já entramos com um processo na delegacia de crimes cibernéticos e eu estou aguardando agora a investigação dessa montagem que foi feita e que conseguiu passar para os servidores do Estado", afirmou.

Fonte: Terra.


Notícias Relacionadas »
Comentários »