Com a chegada do inverno amazônico, que, normalmente, começa neste mês de dezembro e se estende até maio no Norte do Brasil, os cuidados com a saúde das crianças devem ser redobrados. A infectologista, Vanessa Santos, do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Belém, ressalta que nesse período chuvoso há um aumento na incidência de síndromes respiratórias, doenças virais e infecciosas, além das arboviroses.
Doenças das vias aéreas
Resfriado: Coriza (nariz escorrendo), espirros, dor de garganta, tosse leve, congestionamento nasal e febre baixa;
Gripe (Influenza): Febre alta, calafrios, dor de cabeça, dor muscular, tosse seca, dor de garganta e cansaço excessivo;
Bronquite: Tosse persistente, produção de muco (catarro), cansaço, dor no peito e chiado ao respirar;
Pneumonia: Tosse com muco, febre alta, dificuldade para respirar, dor no peito e cansaço;
Asma: Chiado no peito, falta de ar, tosse frequente, especialmente à noite ou ao acordar;
Rinite alérgica: Espirros, coriza, prurido (coceira) no nariz, olhos lacrimejantes e congestão nasal;
Sinusite: Dor ou pressão facial, dor de cabeça, secreção nasal espessa, febre e tosse noturna.
Arboviroses
Dengue: Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a doença se manifesta com febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e, em casos graves, hemorragias;
Zika: Também transmitida pelo Aedes aegypti, pode causar febre, erupções cutâneas, dores articulares e, em gestantes, pode resultar em complicações graves para o feto, como a microcefalia;
Chikungunya: Essa doença pode causar febre alta, dores articulares intensas e, em alguns casos, sequelas musculares a longo prazo.
Transmissão por água contaminada
Por contato:
Leptospirose: Transmitida pela urina de ratos, especialmente em águas contaminadas por esgoto. A doença apresenta febre, dor de cabeça, calafrios, dor muscular, icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos) e hemorragias;
Esquistossomose: Febre, calafrios, eritema ou urticária, dor abdominal, diarreia, cansaço, tosse e cefaleia;
Por ingestão de água e alimentos contaminados:
Cólera: Diarreia intensa, vômitos, desidratação severa, podendo levar a choque e morte se não tratado;
Hepatite A: Fadiga, febre, náuseas, dor abdominal, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos);
Diarreia aguda: Diarreia, cólicas abdominais, febre, náuseas e desidratação.
Febre tifoide: Febre alta, dor abdominal e de cabeça, fadiga e fraqueza, perda de apetite, constipação ou diarreia, erupção cutânea e tosse seca. Em casos graves, perfuração intestinal, sangramentos internos e choque séptico.
Tratamento
"Além das prevenções, é preciso ficar atento a cada sintoma, pois se algum for observado, é fundamental levar a criança à unidade de saúde mais próxima para a realização de exames. Assim, o médico, após avaliar cuidadosamente o quadro clínico, poderá indicar o tratamento mais adequado para o caso, garantindo a melhor recuperação e bem-estar da criança", concluiu Vanessa Santos.
O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS) é a maior unidade pública do Governo do Pará. A instituição é administrada pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Conta com um serviço de pediatria de urgência e emergência, além de leitos clínicos.
A unidade é referência no atendimento à mulher e à criança, em quatro frentes pediátricas: pronto-socorro, cirurgia, internação clínica e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além do acolhimento nas Unidades de Cuidados Intermediários (UCIn). A pediatria do HRAS está estruturada com 10 leitos de UTI, 25 leitos de clínica pediátrica e um pronto-socorro infantil, com atendimento 24 horas. Fonte: Assessoria