Filho tem prisão decretada por assassinar mãe e padrasto para herdar empresa

Gazeta Rondônia
28/01/2025 21h07 - Atualizado há 1 dia

Em um caso que chocou a cidade de Itajaí, Santa Catarina, a Polícia Civil indiciou Walter Gonçalves, 24 anos, pelo assassinato de sua mãe, Susimara Gonçalves de Souza, 42 anos, e seu padrasto, Pedro Ramiro de Souza, 47 anos. O crime, motivado pela ambição de assumir o controle da empresa familiar, teve sua investigação concluída nesta terça-feira (28), resultando também na decretação da prisão preventiva do suspeito.
 
PLANEJAMENTO METICULOSO

 
De acordo com as investigações conduzidas pelo delegado Roney Péricles, o crime foi meticulosamente planejado. Na madrugada de 23 de novembro, Walter e um comparsa ainda não identificado chegaram à residência das vítimas mais de duas horas antes do retorno do casal. Utilizando um controle remoto para acessar a casa, os criminosos aguardaram a chegada das vítimas, que haviam saído para jantar e frequentado um karaokê.
A ÚLTIMA NOITE DO CASAL
 
Por volta das 0h53 de sábado, o casal retornou à residência, momento captado por câmeras de segurança. Pouco depois da entrada das vítimas, vizinhos relataram ter ouvido gritos da mulher. Os assassinos permaneceram no local por aproximadamente uma hora após cometer o duplo homicídio, saindo em seguida utilizando o mesmo controle remoto do portão.
 
Em uma demonstração de frieza que chamou a atenção dos investigadores, Walter chegou a publicar uma homenagem às vítimas nas redes sociais logo após o crime, escrevendo.
 
"Irei amar vocês para sempre, meus amores". No dia seguinte ao assassinato, foi ele próprio quem acionou os bombeiros, alegando ter encontrado o casal sem vida.
 
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EMPRESA COMO MOTIVAÇÃO

O delegado Roney Péricles enfatizou que a motivação do crime estava diretamente relacionada ao interesse de Walter em assumir a administração da loja de forro e decoração de interiores pertencente ao casal. "A investigação demonstra que a motivação estaria diretamente relacionada aos bens do casal, sobretudo à questão da empresa", afirmou o delegado.
 
INVESTIGAÇÃO CONTINUA
 
A polícia realizou buscas em dois endereços ligados ao suspeito, apreendendo aparelhos telefônicos, computadores e vestimentas que podem ajudar a identificar outros possíveis envolvidos no crime. As investigações prosseguem para identificar o comparsa que participou da execução do plano.
 
O caso ganhou grande repercussão em Santa Catarina, não apenas pela brutalidade do crime, mas principalmente pelo fato de que Walter considerava Pedro Ramiro como pai, apesar de ser seu padrasto, tendo o casal construído uma relação familiar ao longo dos 11 anos em que estiveram juntos.
 
A defesa de Walter Gonçalves não foi localizada para comentar o indiciamento e a decretação da prisão preventiva. O suspeito permanece à disposição da Justiça, aguardando os próximos desdobramentos do processo criminal.
 
Fonte: Painel Político.


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