Organização Popular vai denunciar na ONU, violência praticada pela Polícia Militar de Rondônia

Dez pessoas foram mortas em operações policiais, incluindo adolescentes e jovens

Gazeta Rondônia
23/02/2025 22h44 - Atualizado há 1 dia

Integrantes da ONG APMF (Assessoria Popular Maria Felipa) vão à ONU (Organização das Nações Unidas), em março, para denunciar a violência policial na periferia de Porto Velho.

Entre 14 e 30 de janeiro de 2025, pelo menos dez pessoas foram mortas em operações, incluindo adolescentes e jovens.

O que aconteceu

A APMF diz que a polícia tem "imposto estado de terror" na periferia da cidade. Segundo a organização, a operação "Aliança pela Vida, Moradia Segura II" , deflagrada pela Polícia Militar em 13 janeiro, tem resultado em abordagens violentas, invasões de domicílio e execuções extrajudiciais sob o pretexto de combater o crime organizado.

A operação começou após a morte do cabo Fábio Martins. O policial foi assassinado com seis tiros na cabeça no dia 12, no residencial Orgulho do Madeira, zona leste da capital. Ele estava de folga. O homem suspeito de cometer o crime foi preso.

A ONG vai participar da 58ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU. O encontro ocorre de 3 a 7 de março, em Genebra. Eles vão protocolar um apelo urgente para pressionar autoridades brasileiras.

"A atuação policial, que deveria garantir a segurança pública, tem imposto um estado de terror, afetando especialmente moradores negros, indígenas e de baixa renda" diz a ONG, em nota.

A Assessoria Popular Maria Felipa também participará de debates na ONU sobre liberdade religiosa e tortura.

No Debate Geral do Alto Comissariado o grupo discutirá o impacto dos algoritmos digitais na disseminação da violência e do racismo.

Procurado, o governo de Rondônia não respondeu à reportagem. Assim que houver manifestação, a matéria será atualizada.

Fonte: Voz da Terra/UOL.


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