Muitas mulheres sonham em ser mães, e algumas desejam ter gêmeos. Mas imagine uma surpresa ao descobrir que está esperando três bebês idênticos! Esse caso raro aconteceu com Amanda Medeiros, de 24 anos.
Ao G1, Amanda contou que a descoberta da gestação trouxe um misto de surpresa e insegurança. A jovem mora com a família em Jaru (RO) e, além das trigêmeas, já é mãe de duas meninas.
“As minhas filhas estão amando. Inclusive, elas falam que uma é de cada uma e eu tenho uma”, conta Amanda.
A gestação de trigêmeos idênticos, também conhecida como gestação gemelar monocoriônica, ocorre quando os fetos compartilham a mesma placenta. Isso significa que eles se originaram de um único óvulo fertilizado, que se dividiu após a concepção, resultando em trigêmeos idênticos (univitelinos).
Após suspeita de gravidez, Amanda procurou o hospital para fazer exames e confirmar a gestação. Mesmo com o resultado positivo, ela ainda ficou apreensiva, pois, meses antes, havia sofrido um aborto espontâneo. A primeira consulta foi realizada em 22 de outubro de 2024, mas somente 20 dias depois, ao fazer a primeira ultrassonografia, a jovem descobriu que esperava trigêmeas.
Ela conta que pediu para o marido não a acompanhar no exame por medo do que poderia encontrar. Durante a ultrassonografia, o médico reagiu com surpresa, e a jovem se assustou, temendo que algo estivesse errado.
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“Eu estava com medo de chegar lá e não ter o coração batendo [...] Aí veio a surpresa. Os doutores ficaram assim: ‘Você viu? Você viu?’. Aí eu perguntei: ‘O que foi?’ Até achei que era algo sério. Então o médico falou: ‘Olha isso aqui, tem três coraçãozinhos batendo dentro de você’”, relembra a gestante.
Após receber a notícia, Amanda ficou emocionada ao descobrir que teriam trigêmeos. Ao contar para o marido, ele ficou em choque e, inicialmente, pensou que ela já havia relatado o sexo dos bebês, o que só foi confirmado em uma consulta posterior. Durante o acompanhamento médico, foi revelado que as três meninas eram idênticas, pois compartilhavam a mesma placenta. Os nomes escolhidos para elas foram Maria, Mariáh e Mariana.
Por se tratar de uma gestação de alto risco, Amanda precisará ser internada a partir da 24ª semana de gravidez para um acompanhamento mais próximo. O parto será realizado por cesariana, pois as meninas devem nascer prematuras. O nascimento das trigêmeas está previsto para o fim de março ou início de abril.
Gravidez de risco
Amanda explica que sua gestação é considerada de alto risco. Mas o que isso significa? Segundo o médico obstetra Rodrigo Carrapeiro, gestações como a dela apresentam maior chance de complicações, como a perda de um ou mais bebês e a possibilidade de um parto prematuro. Por isso, é essencial um acompanhamento médico rigoroso e maior tempo de repouso em comparação a uma gestação convencional.
O especialista também destaca que a gravidez natural de trigêmeos é incomum, já que a maioria dos casos ocorre após procedimentos de reprodução assistida.
“É totalmente raro engravidar de trigêmeos espontaneamente. Isso costuma acontecer mais em fertilizações, quando são implantados três embriões e todos se desenvolvem. Existe também uma possibilidade remota de serem colocados dois embriões e um deles se dividir, formando um terceiro, o que torna a gestação ainda mais delicada”, explica Rodrigo.
Fonte: G1.