Pastor casado é condenado por invadir a casa e perseguir fiel divorciada

Gazeta Rondônia
26/03/2025 20h05 - Atualizado há 4 dias

Um pastor da renomada Igreja Batista Thomas Road, em Lynchburg (Virgínia, EUA), foi condenado na semana passada após ter sido flagrado por câmera de segurança invadindo por duas noites a casa de uma fiel vítima de satalking (perseguição sistemática) por parte do líder religioso. A pena ainda não foi proferida pelo juiz do caso. Sergio Guardia, de 49 anos, pode pegar até dez anos de prisão.

Guardia foi condenado por duas invasões de domicílio e stalking. Fundada por Jerry Falwell Sr. e afiliada à Liberty University, a Igreja Batista Thomas Road é afiliada à Convenção Batista do Sul, que foi atingida por escândalos financeiros e sexuais.

Os episódios ocorreram em novembro de 2023. Marie Columna, de 43 anos, estavam viajando com os dois filhos, quando recebeu um alerta às 23h30 do dia 10.

"Eu estava fora do estado com meus filhos visitando uma amiga e recebi uma notificação no meu telefone de que uma pessoa estava na minha casa", recordou ela, de acordo com o "NY Post". "Todas as luzes estavam apagadas e ele estava usando a lanterna do telefone. Ficou bem claro que ele sabia exatamente onde estava, que ele já tinha estado na minha casa antes", acrescentou ela.

Vestindo moletom e jeans, o pastor pareceu notar a câmera e saiu correndo.

Na noite seguinte, ainda fora da cidade, Marie recebeu outro alerta — desta vez mostrando Guardia entrando no seu quintal. O pastor foi direto para o quarto da filha da fiel, de 17 anos.

A polícia confirmou mais tarde que não havia sinal de entrada forçada, deixando Marie com uma forte suspeita de que Guardia tinha uma cópia da chave.

Policiais foram ao local, mas não acharam o pastor. Porém, com as imagens da câmera de segurança, agentes agiram rapidamente e prenderam Guardia.

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Como começou o assédio

Marie conheceu o pastor quando se casou, em 2007, e frequentou o seu culto em espanhol. Depois de se separar do marido em 2011, Guardia e sua esposa a encorajaram a retornar à igreja, prometendo apoio. Mas o comportamento de Guardia logo se tornou "incomum".

"Ele me apoiou em me separar do meu marido, mas ele ficava me dizendo que eu não deveria falar com homens depois da igreja ou na igreja", recordou ela. "Ele viu quantos amigos homens eu tinha no Facebook e me disse para excluí-los e bloqueá-los", acrescentou.

Depois de finalizar seu divórcio em 2015, Marie disse que o comportamento de Guardia a deixou mais preocupada:

"Ele começou a aparecer na minha casa com compras, mas apenas quando meus filhos não estavam em casa. Eu nunca pedi ajuda, mas ele vinha de qualquer maneira. Ele começou a me visitar aleatoriamente, e mesmo quando eu disse que não estava confortável, ele continuou vindo."

As visitas indesejadas se tornaram cada vez mais frequentes.

"Às vezes, eu chegava em casa e ele já estava nos meus degraus. Parecia que não havia como escapar dele", disse ela.

A situação chegou a um ponto crítico quando Guardia confessou, segundo relato da fiel, os seus sentimentos por ela.

"Ele me disse que estava apaixonado por mim e queria um relacionamento. Eu disse que não o queria nem na minha casa, muito menos um relacionamento. Eu disse a ele para não voltar, mas ele voltou."

Marie se mudou várias vezes na tentativa de escapar de Guardia. Em vão.

Fonte: Extra Globo.


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