Deputada e marido são assassinados em ataque a tiros, senador fica ferido

Gazeta Rondônia
14/06/2025 23h51 - Atualizado há 11 horas

Na madrugada de 14 de junho de 2025, o estado de Minnesota, nos Estados Unidos, foi abalado por dois ataques a tiros que resultaram na morte da deputada estadual democrata Melissa Hortman e de seu marido, Mark Hortman, em sua residência em Brooklyn Park.

Em um incidente separado, ocorrido horas antes na cidade vizinha de Champlin, o senador estadual John Hoffman e sua esposa, Yvette, também foram baleados. Ambos passaram por cirurgias e, segundo o governador Tim Walz, os médicos estão “cautelosamente otimistas” quanto à sua recuperação. As autoridades classificaram os crimes como “violência política direcionada”, reacendendo preocupações sobre a segurança de figuras públicas em um contexto de polarização crescente no país.

Os ataques ocorreram em rápida sucessão. Por volta das 2h (horário local), a polícia foi acionada para atender a um chamado na residência de Hoffman em Champlin, onde o senador e sua esposa foram encontrados feridos. Cerca de uma hora e meia depois, às 3h35, outro chamado levou as autoridades à casa de Hortman em Brooklyn Park, a aproximadamente 15 minutos de distância. Ao chegarem, os policiais se depararam com um veículo que parecia ser uma viatura policial, com luzes de emergência ligadas, estacionado na entrada. O suspeito, que se passava por policial, abriu fogo contra os agentes e fugiu a pé após a troca de tiros, abandonando o veículo.

No carro deixado pelo atirador, a polícia encontrou um manifesto contendo uma lista de nomes de outros legisladores e autoridades, incluindo Hortman e Hoffman. O documento, descrito como contendo mensagens como “No Kings” (Sem Reis, em português), sugere uma possível conexão com protestos planejados para o mesmo dia contra o presidente Donald Trump, coincidente com o Dia da Bandeira dos Estados Unidos e o aniversário do presidente. A organização “No Kings” cancelou manifestações previstas em Minnesota devido à ordem de confinamento e preocupações com a segurança pública.

O governador Tim Walz, também democrata, lamentou a perda de Hortman, a quem descreveu como uma “grande líder” que servia com “compaixão, humor e senso de serviço”. Em coletiva de imprensa, ele afirmou: “O diálogo pacífico é a base da nossa democracia. Não resolvemos nossas diferenças com violência.” Walz ativou o Centro de Operações de Emergência do estado e coordenou esforços com o FBI, a Polícia Estadual de Minnesota e o Departamento de Segurança Pública para localizar o suspeito, descrito como um homem branco, de cabelos castanhos, usando colete à prova de balas e distintivo falso.

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O presidente Donald Trump emitiu um comunicado condenando os ataques: “Fui informado sobre o terrível tiroteio ocorrido em Minnesota, que parece ter sido um ataque direcionado contra legisladores estaduais. Uma violência tão horrível não será tolerada nos Estados Unidos da América.” A procuradora-geral Pam Bondi foi designada para supervisionar a investigação junto ao FBI, que assumiu um papel central devido à gravidade do caso. A senadora Amy Klobuchar, de Minnesota, expressou consternação, destacando Hortman e Hoffman como “amigos próximos e servidores públicos dedicados”.

A presidente da Câmara de Minnesota, a republicana Lisa Demuth, classificou o ataque como “maligno” e pediu orações pelas vítimas e pelas forças de segurança. A ex-deputada Gabby Giffords, que sobreviveu a um ataque a tiros em 2011, também se manifestou, afirmando que “um ataque contra legisladores é um ataque à própria democracia americana”. Sua organização, voltada à prevenção da violência armada, destacou a necessidade de combater o extremismo violento.

As autoridades emitiram uma ordem de confinamento domiciliar (shelter-in-place) em um raio de três milhas ao redor do campo de golfe Edinburgh, em Brooklyn Park, onde as buscas pelo suspeito estão concentradas.

Moradores foram orientados a não abrir suas portas para supostos policiais sem verificar a identidade pelo 911, devido ao uso de um disfarce policial pelo atirador. O chefe de polícia de Brooklyn Park, Mark Bruley, descreveu o caso como uma “traição à confiança pública”, dado o simbolismo do uniforme policial.

Os ataques reacendem o debate sobre a violência política nos Estados Unidos, especialmente em um momento de tensões intensificadas entre democratas e republicanos. O caso é comparado a outros episódios graves, como o atentado contra Gabby Giffords em 2011, e levanta questionamentos sobre a segurança de representantes eleitos e o impacto da polarização política. Até o momento, o suspeito permanece foragido, e as autoridades intensificaram a operação de busca, com apoio de uma força-tarefa multijurisdicional.

Fonte: Painel Político.


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