Prefeito de Porto Velho denuncia estar sendo vítima de 'golpe do Whatsapp'

Léo Moraes postou imagem de celular com mensagem; prefeito afirma que 'é golpe'

Gazeta Rondônia
01/07/2025 16h06 - Atualizado há 10 horas

O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos) denunciou nesta terça-feira, que pessoas mal intencionadas estão usando um número de celular no Whatsapp se passando por ele.

Estão se passando por mim em um número de Whatsapp que não é meu', informou em suas redes sociais o prefeito, mostrando um print com uma foto sua e uma mensagem que foi enviada a sua própria mãe, a ex-vereadora Sandra Moraes.

Os golpes via WhatsApp, especialmente aqueles em que criminosos se passam por outras pessoas, estão entre os mais comuns no Brasil, aproveitando a popularidade do aplicativo, que conta com cerca de 120 milhões de usuários no país. Abaixo, apresento um resumo baseado em dados recentes e medidas de prevenção:

Estatísticas

  • Prevalência: Em 2024, os golpes via WhatsApp foram os mais praticados no Brasil, com 153 mil casos registrados, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Esses golpes frequentemente envolvem criminosos se passando por conhecidos, empresas ou instituições para enganar vítimas.
  • Vítimas: Uma pesquisa do DataSenado de 2024 indica que 24% dos brasileiros com mais de 16 anos (cerca de 40,85 milhões de pessoas) sofreram perdas financeiras devido a crimes cibernéticos, incluindo golpes de WhatsApp como clonagem de contas e contas falsas.
  • Clonagem de Contas e Contas Falsas:
    • Em 2020, mais de 5 milhões de brasileiros foram vítimas de clonagem de WhatsApp, conforme levantamento da PSafe.
  • Um estudo da Mobile Time e Opinion Box (2022) revelou que 43% dos usuários brasileiros já foram alvos de tentativas de golpe de conta falsa.
  • Prejuízo Financeiro: Em 2024, fraudes digitais, incluindo golpes via WhatsApp, geraram um prejuízo estimado de R$ 10,1 bilhões, segundo a Febraban. A pesquisa da Serasa Experian (2025) apontou que 54,2% das vítimas de fraudes sofreram perdas financeiras, com valores entre R$ 100 e R$ 1.000 na maioria dos casos.
  • Perfil das Vítimas: Não há um perfil único, mas jovens (16-29 anos) são os mais afetados (27% das vítimas), seguidos por idosos (16%), que podem ser mais vulneráveis devido à menor familiaridade com tecnologia.

Como funcionam os golpes de falsas identidades

Os criminosos utilizam técnicas de engenharia social para se passar por conhecidos, familiares, ou representantes de empresas/instituições. As táticas mais comuns incluem:

  1. Clonagem de Conta: Golpistas obtêm o código de verificação do WhatsApp (enviado por SMS) ao enganar a vítima, alegando, por exemplo, que precisam confirmar um cadastro ou liberar um prêmio. Com o código, transferem a conta para outro dispositivo e pedem dinheiro aos contatos da vítima.
  2. Conta Falsa: Criam perfis com fotos e nomes roubados de redes sociais, fingindo ser a vítima para solicitar transferências (geralmente via Pix) com histórias de urgência, como acidentes ou problemas financeiros.
  3. Phishing e Spyware: Enviam links maliciosos que instalam aplicativos espiões ou redirecionam para sites falsos, permitindo o roubo de dados pessoais ou bancários.

Medidas de Prevenção

Para se proteger contra esses golpes, siga estas recomendações:

  1. Ative a verificação em duas etapas: Configure um PIN de seis dígitos no WhatsApp (Configurações > Conta > Verificação em Duas Etapas). Isso dificulta a clonagem da conta, mesmo que o golpista obtenha o código de verificação.
  2. Não compartilhe códigos: Nunca envie o código de verificação do WhatsApp ou PIN a terceiros, mesmo que a solicitação pareça vir de um contato confiável.
  3. Desconfie de mensagens urgentes: Pedidos de dinheiro com tom de urgência (e.g., "Meu cartão foi bloqueado, preciso de um Pix") devem ser verificados por outros canais, como ligação ou chamada de vídeo.
  4. Restrinja a visibilidade da foto de perfil: Configure o WhatsApp para que apenas contatos vejam sua foto (Configurações > Privacidade > Foto do Perfil > Meus Contatos). Isso reduz o risco de uso indevido da imagem.
  5. Evite links suspeitos: Não clique em links recebidos por WhatsApp, especialmente se acompanhados de promoções ou promessas de benefícios.
  6. Use antivírus: Instale e mantenha atualizado um software de segurança confiável para detectar malwares ou spywares.
  7. Denuncie imediatamente: Se suspeitar de um golpe, denuncie o número no WhatsApp, bloqueie o contato e avise amigos/familiares fora do aplicativo. Registre um boletim de ocorrência na polícia (online ou presencial).
  8. Atualize o aplicativo e sistema: Mantenha o WhatsApp e o sistema operacional do celular atualizados para evitar vulnerabilidades.

O que fazer se for vítima

  • Avise Contatos: Informe amigos e familiares (fora do WhatsApp) que sua conta foi comprometida.
  • Desconecte o Golpista: Use o WhatsApp Web/Desktop para encerrar sessões não autorizadas (Configurações > Dispositivos Conectados > Desconectar).
  • Registre um Boletim de Ocorrência: Procure a polícia para documentar o crime, essencial para possíveis reembolsos ou investigações.
  • Contate o Banco: Se houve perda financeira, notifique o banco imediatamente e solicite o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para transações via Pix.
  • Denuncie ao WhatsApp: Use o formulário de suporte da plataforma ou o - email [email protected]  para relatar o golpe.

Os golpes de WhatsApp envolvendo falsas identidades são uma ameaça significativa no Brasil, com milhões de vítimas e prejuízos bilionários anualmente. A combinação de conscientização, configuração de segurança (como autenticação em duas etapas) e desconfiança com mensagens suspeitas é essencial para prevenção. Em caso de golpe, ações rápidas, como denúncias e notificações ao banco, podem minimizar danos.

Fonte: Painel Político.


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