Sem mencionar se o Brasil será beneficiado, Estados Unidos sinaliza isenção para café, cacau e suco de laranja

Gazeta Rondônia
30/07/2025 10h28 - Atualizado há 23 horas

A 72 horas da entrada em vigor do tarifaço americano de 50% contra os produtos brasileiros vendidos para os Estados Unidos, finalmente veio uma notícia oficial de Washington que animou os exportadores brasileiros. Em entrevista à rede americana CNBC, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que os produtos alimentícios que não são produzidos internamente no país podem ser isentos de tarifas de importação.

Entre eles estariam alimentos estratégicos para os exportadores brasileiros, como café, frutas tropicais, sucos — como o de laranja — e óleo de palma. Lutnick, no entanto, não citou se o Brasil poderia se beneficiar dessa decisão.

Seguem as tentativas do governo brasileiro de abrir um canal de diálogo com a Casa Branca. De acordo com interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há disposição de Brasília para realizar uma ligação direta com o presidente americano. Segundo diplomatas, Trump, no entanto, parece não se mostrar aberto a uma conversa com Lula. O temor do Itamaraty é que o presidente americano trate o presidente brasileiro da mesma forma como tratou o ucraniano Volodymyr Zelensky ou o sul-africano Cyril Ramaphosa. A avaliação dos diplomatas é de que um contato direto só pode ser feito após um acerto prévio entre Brasília e Washington.

O líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA), que está em Washington, considerou inviável o telefonema entre Lula e Trump antes da entrada em vigor das tarifas. 

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“Não vamos resolver isso até o dia 1º. É sexta-feira. O encontro de dois presidentes da República não se prepara da noite para o dia”, disse ele.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou ontem a possibilidade de o Brasil retaliar os produtos americanos importados pelo país nas mesmas condições impostas por Donald Trump. De acordo com o ministro, devolver o tarifaço na mesma moeda não está no cardápio de opções do governo para responder ao imbróglio tarifário.

“Estamos pensando no povo brasileiro”, afirmou.

O ministro defendeu que as tratativas para resolver o problema devem seguir um protocolo diplomático.

“Você não vai querer que o presidente Lula se comporte como o Bolsonaro, abanando o rabo e falando ‘I love you’”, disse o ministro.

Fonte: Meio News.


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