Ex-jogador de basquete é espancado na prisão após dar 61 socos na namorada

Gazeta Rondônia
06/08/2025 23h27 - Atualizado há 16 horas

O ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral, de 29 anos, preso por agredir brutalmente a ex-namorada dentro de um elevador em Natal (RN), afirma ter sido vítima de agressão dentro da Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, onde está detido desde 1º de agosto. Imagens que circulam nas redes sociais mostram lesões em suas costas, cabeça e nuca. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria do Sistema Prisional.

Igor foi indiciado por tentativa de feminicídio após ser flagrado por câmeras de segurança desferindo 61 socos na ex-companheira, Juliana, em apenas 36 segundos, entre o 16º andar e o térreo do prédio onde ela morava, no bairro de Ponta Negra, em Natal.

Ele foi preso dois dias após o crime, ocorrido em 26 de julho. Segundo a defesa de Igor, o ex-atleta foi levado para uma cela isolada, onde teria sido despido, algemado e agredido com “socos, chutes, cotoveladas e spray de pimenta”. Alega ainda que os responsáveis pela violência seriam policiais penais da unidade.

As imagens das lesões estão sendo periciadas para verificar a veracidade das agressões. Após o suposto espancamento, Igor foi levado para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil, onde registrou boletim de ocorrência, e em seguida passou por exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP).

A Secretaria da Administração Penitenciária confirmou que o caso está sob apuração. A defesa do ex-jogador havia solicitado cela individual por motivo de segurança, mas o pedido foi negado por falta de estrutura na unidade prisional.

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Crime brutal e reincidência

A vítima, Juliana, precisou ser hospitalizada após a agressão. Ela teve múltiplas fraturas nos ossos da face e passou por cirurgia de reconstrução no Hospital Universitário Onofre Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Teve alta médica na última segunda-feira (4).

Imagens de segurança mostram que, antes do espancamento no elevador, o casal discutiu na área de lazer do condomínio. A briga começou após Juliana ter enviado uma mensagem a um amigo do agressor, o que o enfureceu. Igor tomou o celular da vítima e o arremessou na piscina do prédio.

Em entrevista, Juliana relatou que episódios de agressividade e destruição de seus objetos pessoais já haviam ocorrido.

“Ele já havia quebrado um celular meu pisando em cima. Na segunda vez, jogou outro contra a parede”, contou.

O caso segue sendo acompanhado pelas autoridades, tanto em relação ao crime contra a ex-companheira quanto às denúncias de tortura dentro da cadeia. Igor permanece preso preventivamente.

Fonte: 247.


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