Na noite desta sexta-feira (10), o vereador Wilian Cândido de Souza (Republicanos), foi preso em Ji-Paraná, estado de Rondônia, após ser denunciado por prática de ato obsceno e importunação sexual em via pública. O incidente mobilizou uma equipe da Polícia Militar, que foi acionada pela Central de Operações.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, a situação começou quando uma mulher, de idade não revelada, estava em frente à sua casa e notou a presença do vereador nas proximidades. Inicialmente, ele acenou e chamou a mulher com gestos, o que despertou sua atenção. Ao observar mais de perto, a mulher constatou que Wilian estava com as calças parcialmente abaixadas e se masturbando, enquanto mantinha o olhar fixo nela e mordia os lábios, o que caracterizou um comportamento inaceitável e ofensivo.
Comportamento do Acusado
A moradora relatou que o vereador aparentava estar alterado, mas não conseguiu determinar se ele estava sob efeito de álcool ou de substâncias entorpecentes. Seu comportamento era visivelmente descontrolado, o que a levou a se sentir ameaçada e desconfortável. Além disso, a mulher revelou que Wilian havia conseguido seu número de telefone por meios desconhecidos e começou a enviar mensagens inconvenientes, que ela não respondeu. Diante da gravidade da situação, a vítima decidiu formalizar uma denúncia contra o vereador, manifestando o desejo de representá-lo criminalmente.
A Intervenção Policial
Após a denúncia, os policiais realizaram buscas nas redondezas e encontraram Wilian Cândido ainda nas proximidades do local do incidente. Segundo o boletim de ocorrência, ele apresentava um forte odor etílico, falava de forma desconexa e demonstrava sinais de embriaguez, o que dificultava sua capacidade de compreender as ordens dadas pelos policiais. Ele foi conduzido à Unidade Integrada de Segurança Pública (Delegacia de Polícia Civil), onde foi apresentado à autoridade policial de plantão para as providências legais necessárias. Durante o trajeto até a delegacia, Wilian continuou a pronunciar palavras desconexas, mas não houve necessidade de uso de força física para sua detenção.
Repercussões Políticas
A prisão de Wilian Cândido gerou reações imediatas no meio político e na comunidade de Ji-Paraná. O ex-vereador Weliton Fonseca (Negão do Isaú), que foi cassado recentemente, usou suas redes sociais para pedir a imediata cassação de Wilian. Em um vídeo, ele expressou sua indignação, afirmando que o vereador deveria ter sido responsabilizado antes, considerando que ele já enfrentava acusações de abuso sexual contra adolescentes, quando atuou como conselheiro tutelar. Weliton criticou os colegas da Câmara Municipal, pedindo que tomassem uma atitude e não ignorassem a gravidade da situação.
Declarações da Câmara Municipal
O presidente da Câmara Municipal, vereador Marcelo Lemos (Republicanos), foi contatado pela equipe de reportagem do portal eletrônico Gazeta Rondônia e afirmou que a Câmara Municipal de Ji-Paraná tomará todas as providências cabíveis que o caso requer, em conformidade com a legislação vigente. Lemos enfatizou a importância de agir de maneira responsável e ética diante das acusações graves que envolvem um membro da câmara.
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Além disso, a vereadora Rosana Pereira Lima também se manifestou sobre o caso. Em um vídeo postado em suas redes sociais, ela esclareceu os fatos e fez comparações entre os casos de cassação envolvendo o ex-vereador Weliton Fonseca e Wilian Cândido. Rosana destacou que Wilian já respondia a um processo de acusação de abuso sexual contra adolescentes, o que torna a situação ainda mais preocupante.
Ela também compartilhou uma nota de esclarecimento da Câmara Municipal em sua página do Facebook, reafirmando o compromisso da instituição com a transparência e a responsabilidade.
Cobertura da imprensa
Vários veículos de comunicação fizeram a ampla cobertura do caso de grande repercussão. O jornalista Edivaldo Gomes postou um vídeo em sua página no Instagram esclarecendo o caso.
A prisão de Wilian Cândido e as acusações apresentadas, afeta sua carreira política e também sua posição na Igreja, onde o mesmo, segundo informações atua como porteiro e professor da escola biblíca dominical. É provável que, devido à gravidade das acusações, ele não compareça às aulas das crianças neste domingo (12), impactando a comunidade religiosa que o apoiava.
Esse caso levanta questões sérias sobre a responsabilidade dos representantes públicos em manter um comportamento ético e respeitoso, além de destacar a importância de se tomar medidas contra a impunidade em casos de assédio e violência sexual.
O caso de Wilian Cândido é um reflexo de problemas mais amplos enfrentados pela sociedade em relação ao respeito e à dignidade das pessoas, especialmente em contextos de poder e influência. A expectativa é que as autoridades conduzam uma investigação minuciosa e que a Câmara Municipal tome as medidas necessárias para garantir a integridade e a confiança da população em seus representantes.
Fonte: Gazeta Rondônia.