02/01/2021 às 09h18min - Atualizada em 02/01/2021 às 09h18min

INTERNACIONAL: Saiba qual é a equipe anunciada por Biden até agora, metade são mulheres

Gazeta Rondônia

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, já anunciou grande parte de seu gabinete na Casa Branca. Entre nomes conhecidos e indicações inéditas, o democrata resgatou muitos nomes da governo de Barack Obama (2009-2017) e apostou na presença feminina.

Os EUA têm 15 cargos de secretários (equivalente aos ministros no Brasil) e mais 8 com status de gabinete. Todos esses precisam de aprovação de maioria simples do Senado. Há também as posições de chefe de Gabinete e conselheiro de Segurança Nacional, ambas nomeações diretas. Biden ainda recriou um cargo para o Clima, também sem necessidade de aval do Congresso.


Entre os cargos considerados ministeriais, o presidente indicou 9 homens e 9 mulheres. A representatividade tem sido um marco nas indicações do democrata. O governo Trump. por exemplo, possui 18 homens e 5 mulheres no gabinete, excluídos os cargos de conselheiros diretos.

Um dos nomes mais conhecidos do futuro governo Biden é o de Janet Yellen, que deve assumir o Departamento do Tesouro, responsável pelas negociações com o Congresso para os pacotes de estímulo à economia em meio à pandemia da covid-19. Yellen será a 1ª mulher no cargo, mesma barreira que ela quebrou ao presidir o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) de 2014 a 2018.

Avril Haines é outra indicação inédita, a 1ª feminina para dirigir a Inteligência Nacional. No 2º mandato de Obama, Haines foi vice-diretora da CIA e conselheira-ajunta de Segurança Nacional do então presidente. Já a deputada Deb Haaland será a 1ª descendente de nativos norte-americanos à comandar o Departamento do Interior, que trata da questão dos imigrantes, entre outros.

Para a Defesa, um dos departamentos mais cruciais do país, o indicado foi o general aposentado Lloyd Austin, 1º afro-americano na posição de comando do Pentágono. A confirmação do militar é considerada a mais delicada no Senado. Isso porque Austin se afastou do Exército há menos de 7 anos, tempo mínimo exigido para assumir a Defesa. Exceções já foram abertas antes.

Talvez o nome mais fresco na memória dos norte-americanos seja o de Pete Buttigieg. O ex-prefeito de South Bend (Indiana) foi pré-candidato à Presidência e chegou a liderar as primárias depois da votação em Iowa, 1º passo da corrida presidencial. Buttigieg poderia ter sido o mais jovem a assumir a Casa Branca e também o 1º homossexual. Depois de sua campanha desidratar, decidiu apoiar Biden. Foi indicado para o Departamento de Transportes.

O cargo mais importante do gabinete será de Antony Blinken, como secretário de Estado. É quem representa o país no exterior e costuma substituir o presidente nas principais representações internacionais. Blinken foi vice-secretário da pasta de 2015 a 2017.

Também sobrou espaço para o experiente democrata John Kerry, ex-secretário de Estado de Obama, candidato do partido à Casa Branca em 2004 e senador por Massachussets por 28 anos (1985-2013). O político assumirá o futuro cargo de representante especial da Presidência para o Clima –foi intitulado de “czar do clima” pela imprensa norte-americana. (Poder 360).


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