Acossado pelo Atlético Mineiro, o Palmeiras tinha que vencer o Atlético Goianiense, em Goiás. Para se manter líder isolado do Brasileiro e ainda guardar forças para a partida decisiva das oitava-de-final da Libertadores, na quarta-feira, Abel Ferreira foi ousado.
Colocou um time fortíssimo para abrir a vantagem e depois controlar a partida. O português foi calculista, frio ao extremo.
Dudu começou o jogo, mas segue sem ritmo. Bem abaixo do seu potencial.
E o Palmeiras jogando de forma compacta, sem se expor, mas com muita firmeza no sistema defensivo, conquistou três pontos fundamentais.
Ganhou por 3 a 0. O primeiro foi gol contra do zagueiro Eder, aos 13 minutos do segundo tempo. O gol obrigou o Atlético Goianiense se abrir. E aos 45 minutos, o Palmeiras, usando sua melhor característica, o contragolpe em velocidade, conseguiu marcar 2 a 0.
Gol de Gustavo Scarpa,de cabeça, aos 45 minutos, depois de cruzamento de Breno Lopes.
Com o psicológico abalado, os goianos ainda tomaram o terceiro gol. Em contragolpe, Deiverson serviu para Breno Lopes, que estufou as redes. 3 a 0.
Placar exagerado.
Mas compreensível.
Venceu, sem sustos, e ainda se poupou, guardou energia para a Universidad Católica, na quarta-feira, e ainda somou três pontos importantes, fora de casa. Chegou à quinta vitória seguida no Brasileiro, a sexta, somada com o jogo vencido no Chile, pela Libertadores, na semana passada.
Ou seja, o ambiente não poderia ser melhor e de mais confiança no Palestra Itália.
O único prejuízo foi mais uma suspensão, por cartões amarelos, de Abel Ferreira. Ele segue reclamando de tudo e colecionou mais um amarelo, desta vez dado pelo árbitro Denis da Silva Ribeiro Serafim.
Eduardo Barroca sabe que tem um elenco muito bom fisicamente. Mas de potencial limitado e que lutará para não ser rebaixado. Ele tinha consciência que o Palmeiras, líder, era melhor. Só que percebeu que o time paulista não iria se expor, buscar a vitória de forma desgastante. Iria entregar o domínio do jogo para os goianos, para explorar os contragolpes em velocidades.
Barroca não tinha o que fazer. A não ser aceitar a armadilha, buscar o gol, jogando em casa.
O primeiro tempo foi muito equilibrado, com o Palmeiras se preocupando em travar a intermediária. E nada de afobação quando recuperava a bola. Sem ataque em bloco ou marcação sob pressão.
O jogo foi morno.
Calculista, Abel Ferreira seguiu na mesma toada no segundo tempo, sabia que o time goianiense iria falhar, se abrir demais. Dar espaço. E foi assim que o Palmeiras foi marcando seus gols. Conseguindo a vitória obrigatória.
No primeiro, contragolpe em velocidade. Raphael Veiga tocou para Wesley que, velocista, cruzou para Willian. Eder tentou se antecipar e fez contra, aos 13 minutos. O Atlético Goianiense tentou marcar pressão, buscando o empate. Lutou, lutou e nada conseguiu. A não ser tomar dois gols no final da partida.
Deyverson teve ótima participação nos últimos gols. No primeiro, recebeu a bola e serviu Breno Lopes, que descobriu Gustavo Scarpa, que foi acrobático para marcar de cabeça 2 a 0.
E Deyverson roubou a bola na saída de bola do Atlético Goianiense e, sem um pingo de egoísmo, rolou para Breno Lopes marcar. 3 a 0.
Partida e postura impecáveis do Palmeiras.
Ganhou hoje e estará pronto na quarta-feira...