27/07/2021 às 09h06min - Atualizada em 27/07/2021 às 09h06min

JI-PARANÁ: Caso Edilene, Obadias planejou o assassinato após pegar da vítima R$ 45 mil, aponta inquérito

Ex-vereador alega que não tinha intenção de matar

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Obadias no dia da reconstituição mostrando onde jogou o celular da vítima, que estava quebrado (crédito de imagem: Pronotícias)

A reconstituição do assassinato da Jiparanaense Edilene da Silva, 29 anos, levaram a Polícia Civil a concluir, sem dúvidas, que o ex-vereador Obadias Ferreira da Silva, 46 anos, premeditou o crime após pegar valores que podem chegar a R$ 45 mil da vítima, dinheiro usado possivelmente para a construção da nova casa na pequena chácara na linha Itapirema com a promessa de que se casaria com ela e onde também enterrou o corpo, após o bárbaro assassinato. (relembre aqui)

O delegado do caso, Júlio César, está convicto de crime premeditado.


Obadias alega que não teve intenção de matar, porém, são muitas as contradições que indicam crime planejado.

O apresentador Edivaldo Gomes, da TV Allamanda, SBT, trouxe onteme detalhes do inquérito. Veja, conforme Gomes, a versão apresentada pelo réu confesso e a da polícia, além das muitas contradições.

Em Rondônia, ex-vereador é preso e confessa assassinato de amante após polícia encontrar ossada

VERSÃO DE OBADIAS

Ele não queria matar Edilene, no dia do fato a levou para a chácara para informar que não iria morar com ela. Ele é casado e Edilene era sua amante.

Chegando no local, Edilene se exaltou e colocou a mão na bolsa, ele pensou que iria sacar uma arma e a enforcou amarrando a rede no pescoço dela, mas a intenção era somente desestabilizar a amante.

SOBRE A COVA

A cova foi cavada com uma máquina e a terra ficou muito próximo. O ex-vereador deu várias versões:

1ª – Seria um poço

2ª – Resolveu mudar para enterrar cadeira de rodas velhas, já que voluntariamente fazia atendimento a doentes

3ª – Seria para queimar lixo

4ª - Fossa

CONCLUSÃO POLICIAL

Após pegar todo o dinheiro da vítima, que pode chegar a R$ 45 mil, ele planejou o crime.

O delgado Júlio César, disse ser difícil estabelecer um valor exato de dinheiro, mas se sabe que ela vendeu uma casa na cidade, onde morava e R$ 30 mil sumiram. Além de ter feito empréstimo de outros R$ 15 mil, tais quantias podem ter sido repassadas ao réu confesso.



CRIME PREMEDITADO

A maneira com que a cova foi aberta leva o delegado Júlio César a não ter dúvidas de que Obadias premeditou o caso.

1º – As contradições sobre a cova.

2º – O réu disse que pediu para deixar a terra bem na beirada da valeta para facilitar quando fosse enterrar lixo ou qualquer outra coisa, pois tem fraturas no corpo de um acidente que sofreu como peão de boiadeiro que lhe comprometem a força. Na verdade, o delegado acredita que a intenção mesmo era facilitar a ocultação do cadáver.

3º – No dia do crime, 13 de abril, Obadias atraiu a vítima para o local, já que iria dar a notícia de que não iriam morar juntos, ele poderia ter conversado com ela em outro lugar, não onde tinha uma cova aberta.

Nesta semana o inquérito deve ser relatado para o Ministério Público indicando crime doloso, quando há intenção de matar. Feminicídio, premeditação, motivo fútil, sem chance de defesa, ocultação de cadáver, não colaborou com as investigações. Somadas, as penas podem passar de 30 anos de prisão a maioria em regime fechado.

O PRONOTICIAS entrou em contato com o advogado da vítima, Dilnei Barrionuevo, e publicará a versão que for dada assim que receber resposta, caso a defesa queira se manifestar.

Edilene desapareceu no dia 13 de abril após arrumar a mudança na esperança de que iria se mudar para a chácara do amante. O crime só foi desvendado três meses depois, com uma operação policial que encontrou o cadáver da vítima no quintal da nova casa de Obadias, que está preso preventivamente.

Fonte: Pronotícias.
 

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