Na manhã de ontem (10), foi realizado o evento alusivo aos 15 anos da lei Maria da Penha e ao enfrentamento da violência contra a mulher, denominado “Agosto Lilás”.
O evento, organizado pelo CREAS do munícipio, em parceria com os órgãos que compõe a rede de proteção, contou com a presença de mulheres acompanhadas pelo CREAS, CRAS e Programa Criança Feliz, e, ainda, com a participação dos servidores da Secretaria de Assistência Social - SEMAS, dos representantes do Projeto Anastasis, a presidente do Conselho da Mulher Rosa Helena Martinowski, a Secretária de Assistência Maria Do Carmo Ribeiro Moreira, a secretária Adjunta Vandira Valendorff, o Secretário de Planejamento e Administração Enilton Marcos Bernardes da Silva, representando a Prefeita Municipal Lisete Marth.
Após a abertura, o Delegado de Policia Civil Mayckon Douglas Pereira falou acerca da violência contra a mulher em Cerejeiras e sobre as mudanças que a lei Maria da Penha trouxe em beneficio das mulheres:
Antes da Lei Maria da Penha, a pena para homens agressores era prestação de serviços comunitários e cestas básicas. Atualmente, a lei trouxe penalidades maiores, afirmou o delegado.
O Projeto Anastasis apresentou o "Conexão Mulher", que consiste em acolher mulheres vítimas de violência e fortalecê-las. A Amanda (nome fictício) que viveu o relacionamento abusivo testemunhou sua história aos participantes. O evento foi finalizado com um café da manhã.
A agressão contra mulher pode ser física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.
Em uma pesquisa realizada pelo site Gazeta Rondônia, entre os dias 05/08/2021 e 11/08/2021, apenas 28,57% das mulheres afirmaram nunca ter sofrido violência por ser mulher, ou seja, 71,43% das mulheres afirmam já ter sofrido violência. Os números são assustadores.
As mulheres agredidas, sem perceber, vivem em um ciclo de violência. E quanto mais o tempo passa, mais difícil é sair do relacionamento abusivo:
Medo, vergonha, dependencia emocional e financeira, falta de apoio, esperança de que o parceiro mude e pressão social para manter a família unida estão entre os principais motivos apresentados. Vale destacar que a maioria das mulheres vítimas de violência não tem consciencia de estar em um relacionamento abusivo.
Como denunciar?
Além do número de acionar a polícia local, através do telefone 190, é possível realizar denúncias anônimas pelo DISK 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em Rondônia, é possível “PMRO Cidadão” é necessário possuir um dispositivo móvel com sistemas operativos Android (https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.ro.pm.pmrocidadao) ou IOS (https://apps.apple.com/br/app/pmro-cidad%C3%A3o/id1535839641), com tecnologia de dados móveis ou Wi-Fi e GPS. Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.