O rádio está em todo o lugar, ele supre a população de informações, inclusive, em regiões na qual não há presença de outros veículos de comunicação. Durante a pandemia, teve um papel fundamental para empresas e marcas, que precisavam reforçar a sua atuação no mercado e estarem mais próximas dos clientes.
Segundo o gerente de marketing da TIM, na região Sul, Carlos Roberto Abilhoa Junior, mesmo durante o auge da pandemia, a empresa de telefonia não parou seus investimentos em mídia, inclusive, no meio rádio.
“Entendemos que as ações de comunicação eram essenciais, precisávamos estar nos comunicando com os nossos clientes, até porque a conectividade, a voz, foi muito importante no período de isolamento. Como as pessoas ficaram em suas casas, nos seus bairros, na sua rua, nada melhor do que o rádio para atingir o local. Por isso, mantivemos nossos investimentos no meio”.
De acordo com o gerente, a TIM anuncia em diversas rádios localizadas em diferentes cidades do Paraná. Como a TIM está presente 100% nos municípios paranaenses, o veículo garante uma capilaridade grande para a empresa.
“A TIM chega por meio do rádio não só nas capitais e nas grandes cidades do interior, mas também naquelas cidades pequenas, onde a empresa está presente. Ele sempre fez parte do nosso planejamento anual, principalmente, no interior onde é muito forte. É um meio de comunicação que atinge todos os públicos, por isso, tem um papel fundamental em nosso mix de comunicação”, afirma Abilhoa.
O gerente de marketing conta que os investimentos em rádio foram quase os mesmos durante a pandemia, e que a empresa continuará investindo em publicidade no rádio. No entanto, ele destaca que algumas emissoras precisam se adaptar às transformações atuais.
“O que fizemos foi deixar de investir em uma rádio que não se modernizou, para anunciar em outra que está mais inovadora, jovem, digital, na palma da mão. Esse é um recado que posso dar para o meio rádio. Eu sou fã, mas as emissoras precisam se adaptar ao novo normal. O rádio sempre vai continuar sendo rádio, a essência do meio tem que existir, que é a força do regional, a proximidade, a voz do comunicador, a presença do testemunhal, mas é fundamental que ele se adapte, digitalize, seja multiplataforma, e esteja presente nas plataformas de redes sociais. Essa mudança é necessária e tem que ser rápida, inclusive, para que o meio continue sendo um player importante dentro do mix de comunicação de um grande cliente como a TIM”, afirma.
Credibilidade e proximidade com a população
A Enerbras Materiais Elétricos é outra empresa que mesmo durante a pandemia seguiu com os investimentos em rádio e em outras mídias.
“A pandemia afetou e ainda afeta alguns mercados e muitas empresas tiveram o desafio de trabalhar com uma verba de marketing reduzida, entendo que para alguns, cortes foram necessários, porém o investimento deve continuar”, destaca a coordenadora de marketing da empresa, Soraya Rosa.
Anunciar no rádio é estratégico, afinal, ele acompanha as pessoas onde elas estiverem, seja dentro do carro, em casa, no trabalho, e até naquele momento de lazer ou esporte, por isso é conhecido como companheiro de todas as horas, como ressalta a gerente.
“O rádio é um meio de muita credibilidade, as pessoas são tão fiéis às emissoras e aos apresentadores que criam um vínculo íntimo, como se fossem amigos. Transmitir aos ouvintes a nossa marca por meio deste meio, com certeza gera uma sensação de confiança e proximidade. Estamos sempre juntos”.
Soraya acrescenta que a pandemia acelerou o crescimento da publicidade nos canais digitais e hoje tudo passou a funcionar de forma integrada, por isso, as mídias precisam conversar. “Entendo que as emissoras de rádio que não se adaptarem e não transmitirem o seu conteúdo de forma integrada com os canais digitais, como o YouTube, Facebook, e outras mídias, vão perder espaço. Inovar e buscar novas soluções e tecnologias é o caminho. O acesso à informação precisa estar na palma da mão do consumidor”, finaliza.
Instantaneidade e alcance
Para o diretor de Comunicação e Marketing da Sanepar, Hudson José, investir no rádio é estratégico para a empresa. Afinal, junto com a pandemia da Covid-19, o Paraná registra, desde o ano passado, a maior crise hídrica da sua história.
“Estar presente na mídia é fundamental para que possamos comunicar o que temos feito para superar esse momento e como as pessoas podem contribuir. O rádio tem a instantaneidade e o alcance que precisamos e pulveriza a informação”, afirma.
Contudo, ele acentua que o importante é sempre inovar, utilizando os recursos tecnológicos a favor do rádio. Para ele, os veículos podem ser mais parceiros ampliando as opções, os modelos e os formatos de mídia.
“O podcast é um exemplo que nós implantamos desde o ano passado, mas outros formatos são bem-vindos. O rádio pode ser um elemento integrador de outras mídias, principalmente as digitais. Imagine uma situação de teaser com o lançamento de um jingle que pode gerar vídeos no Tik Tok, ou combinar uma playlist no Spotify. As oportunidades são inúmeras”, destaca Hudson.
Informando e levando bem-estar ao homem do campo
“A Sicredi continuou fazendo os investimentos em rádio durante a pandemia. Seguimos com a mídia, sempre informando e colocando à disposição alternativas aos nossos associados, neste momento de afastamento social, como os canais de atendimento, para que eles pudessem usar esse recurso sem sair de casa, isso foi muito importante”, conta o gerente da Sicredi Umuarama Agencia Avenida Brasil, Jacques Pacheco.
Para ele, o meio foi fundamental para seguir levando uma mensagem de cuidado e bem-estar aos associados da cooperativa. “Conseguimos aproximar a cooperativa do associado que muitas vezes está no campo. São vários os produtores rurais que têm a lida durante a manhã, e já estão ouvindo o rádio no seu trator, na sua colheitadeira ou ordenhadeira, e a propaganda da Sicredi com as orientações, continua chegando até eles por meio do rádio”, disse.
Ele conta que a Sicredi tem uma abertura direta junto às rádios de Umuarama, com canais para falar ao vivo, para tirar dúvidas, e isso facilita a comunicação e a proximidade com os associados e a população. “Assim nós conversamos com as pessoas diretamente. Elas ligam, participam, perguntam, tiram dúvidas. É um canal muito importante para a nossa cooperativa”, afirma.
Texto: Fernanda Nardo - Fonte: AERP - Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná