O tribunal do Júri do município de Cerejeiras foi palco de um julgamento que durou 08h às 22h10min desta quarta-feira (06), há muito tempo esperado, foram levados a júri popular, 3 integrantes de uma quadrilha responsável pela morte do cigano Luciano Ribeiro Dantas, 43 anos, metralhado com cerca de 20 tiros por volta das 13h do dia 29 de setembro de 2018, dentro de um supermercado local.
Na ocasião, 2 integrantes da quadrilha entraram no comércio e após fazerem o reconhecimento da vítima, sacaram as armas e atiraram por várias vezes, acertando cerca de 20 tiros em Luciano que caiu agonizando e morreu no local. Luciano já era jurado de morte e andava num carro blindado.
Após o crime, os assassinos fugiram num carro da marca Fiat, modelo Línea, cor preta, com placas de Campinas-SP, que ficou estacionado do lado de fora do estabelecimento comercial com os outros 2 comparsas dentro.
Segundo as investigações, os assassinos já estavam na cidade há algum tempo e estudaram a rotina de Luciano, pois foram contratados pelo valor de R$ 200 mil para executar o cigano.
Capturados após uma intensa perseguição policial, onde trocaram tiros com a polícia na BR-435, Emerson dos Santos Souto, 31 anos e Rafael Oliveira do Nascimento, 29 anos, aguardaram julgamento presos. Já Antônio Carlos Pedro, 37 anos, que também foi preso no dia do crime, conseguiu fugir após ser transferido para um presídio da capital. Todos os 3 envolvidos identificados, foram condenados a mais de 20 anos de prisão cada.
O servente de pedreiro Emerson, que morava em Gongogi-BA, respondeu pelos crimes de homicídio qualificado, porte de arma de fogo de uso restrito, transporte de arma de fogo de uso restrito e de artefato explosivo, disparo de arma de fogo e armazenamento de munição de uso restrito, recebeu a sentença de 22 anos e 20 dias de reclusão, mais 31 dias multa.
Já o gesseiro Rafael Oliveira do Nascimento, morador de Ubatã-BA e réu confesso, respondeu pelos crimes de homicídio qualificado, porte de arma de fogo de uso restrito, transporte de arma de fogo de uso restrito e de artefato explosivo disparo de arma de fogo e armazenamento de munição de uso restrito, recebeu a pena de 26 anos e 4 messes de reclusão, mais 45 dias-multa.
E por fim, o comerciante Antônio, que ainda se encontra foragido, morador de Belford Roxo -RJ, respondeu pelos crimes de homicídio qualificado, porte de arma de fogo de uso restrito, transporte de arma de fogo de uso restrito e de artefato explosivo, disparo de arma de fogo e armazenamento de munição de uso restrito, foi condenado a 23 anos e 6 messes de reclusão, mais 23 dias de dias-multa.
Vítima sanguinária
A vítima fazia parte de uma comunidade cigana no Estado da Bahia, onde teria sequestrado Iranildo Gama Queiroz, filho de um cigano de posses. Porém, teria exigido cerca de R$ 5 milhões para libertar o rapaz. O pai do sequestrado teria pagado a quantia de R$ 500 mil, mas Luciano com raiva por não ter recebido a quantia pedida, matou, esquartejou e mandou a cabeça do jovem para o pai.
Com isso, o pai da vítima teria declarado guerra a Luciano e teria contratado a quadrilha por R$ 200 mil para procurá-lo e matá-lo.
Com medo, Luciano mudou da Bahia para Palmas-TO, mas foi encontrado pelos pistoleiros contratados para mata-lo, porém, na embosca Luciano conseguiu escapar, mas seu filho, João Vitor Cerqueira foi baleado e morreu a caminho do hospital.
Após esse ataque, Luciano se mudou para a cidade de Cerejeiras, onde novamente foi descoberto e desta vez não conseguiu escapar, sendo assassinado dentro do Supermercado Paulista, localizado na época do crime na Avenida Integração Nacional, esquina com Rua Panamá, área central de Cerejeiras, onde fazia compras. Porém, não era apenas Luciano o alvo da quadrilha, mais uma pessoa estava marcada para morrer, seria Pascoal Ribeiro Dantas, mas foram detidos antes de cometerem o segundo assassinato.
Porém, o plano deu errado, a Polícia Militar agiu com extrema rapidez, prendeu três deles e apreendeu todo o arsenal bélico. Com informações do Extra de Rondônia.