O Festival de Teatro Virtual da Funarte chega ao fim nesta quinta-feira, 28 de outubro, às 18h30, com a exibição do espetáculo infantil As 12 caixas de Hércules, da Voar Teatro de Bonecos, da Capital Federal. Para todas as idades, a obra conta a saga do herói da mitologia grega Hércules, por meio do teatro lambe-lambe, também conhecido como teatro de miniaturas. A apresentação fica disponível para acesso posterior no canal da Fundação no YouTube, junto com as outras 24 montagens da agenda, em bit.ly/FestivaldeTeatroVirtual.
O festival é resultado do edital Prêmio Funarte Festival de Teatro Virtual 2020, lançado em agosto do ano passado. O concurso selecionou cinco projetos de cada uma das cinco regiões do país. Premiados como a companhia Lamira Artes Cênicas, do Tocantins, e o agrupamento Bote de Teatro, de Pernambuco, ressaltaram a importância do concurso para fortalecer as atividades artísticas, em um momento ainda de incertezas.
“A nossa participação no Festival foi algo que salvou a gente no ano de 2020. Foi o primeiro festival que a gente conseguiu aprovar. Foi realmente um respiro”, destacou a atriz e cineasta Inês Maia, do Bote de Teatro, que apresentou
Salto.
“Tínhamos algumas ações on-line, mas não apresentações. Após o edital da Funarte, vieram outras experiências com o teatro virtual. Mas o prêmio da Fundação foi o que propiciou o início dessa pesquisa, foi uma grande pérola, uma preciosidade. A Funarte iniciou esse caminho, principalmente para a região Norte”, declarou Carolina Galgane, da Lamira, responsável pela concepção de
Gibi.
Dos palcos para a tela Os espetáculos em vídeo deixam registrado todo o trabalho de pesquisa e dedicação dos grupos para adaptar repertórios e criar conteúdos pensados exclusivamente para o que seria um "teatro virtual", utilizando diferentes linguagens e abordagens.
O Homem e a Mancha, por exemplo, reuniu registros da atuação de Marcos Breda em 1996, 2017 e 2021 com vídeos do próprio autor Caio Fernando Abreu, em 1994, lendo as rubricas de como desejava cada cena. O trabalho, com direção de Aimar Labaki e fotografia de Jacob Solitrenick, abriu a agenda do festival, em 5 de agosto.
Renata Januzzi, coordenadora de Teatro e Ópera da Funarte, comenta sobre o festival: “É uma nova linguagem que surgiu, com atores interpretando de outros lugares além dos palcos da Fundação. Algumas obras, por exemplo, mostram a interação cênica entre atores em diferentes estados e países, além da conversa com outras linguagens artísticas, como a música e o cinema, e formatos, como o teatro de bonecos. É o início de um novo tempo”.
O Teatro Virtual fez referência e homenagem a outro projeto da Funarte, a Série Seis e Meia, que promovia shows de música sempre às 18h30. A ideia era manter o compromisso de levar arte ao público com assiduidade, em um horário acessível, mesmo que à distância.
As 12 Caixas de Hércules Encerrando a programação do Festival de Teatro Virtual da Funarte, a companhia Voar Teatro de Bonecos apresenta
As 12 Caixas de Hércules, em formato de teatro de lambe-lambe, inovado para o vídeo. A sessão é inspirada no mito de Hércules, filho de Zeus, deus do Olimpo, e suas referências. A história, então, é recontada em estações, em doze trabalhos. A obra busca oferecer reflexões sobre coragem e persistência. Segundo os estudos do grupo, “o herói épico da Grécia foi quem ensinou os homens a lutar”.
“Foi uma experiência nova, geralmente fazemos o espetáculo para ser visto primeiro pelo público e depois gravamos em vídeo. Nessa montagem, o processo foi inverso, pensamos numa proposta de linguagem audiovisual, mantendo as características e a artesania teatral para ser assistido pelas telas”, ressalta o grupo.
A companhia foi fundada em 2003 por Marco Augusto, diretor e bonequeiro. A instituição tem como proposta o estudo e a prática do teatro de bonecos, levando em conta a sua tradição e inovações, visando compartilhar suas experiências por meio de oficinas e ações socioculturais.
Dia 28 de outubro | As 12 caixas de Hércules | DF Voar Teatro de Bonecos - Classificação Livre
Ficha técnica Direção Geral: Marco Augusto | Câmera: Rodrigo Brant | Designer Gráfico: Henrique Siqueira | Sonoplastia e desenho de áudio: João Veloso | Operação de som e luz: Francisco Cunha | Edição: Rodrigo Brant | Produção: Mariana Fernandes | Assistentes de Produção: Gilmar Dias (Said Ramlig) e Allan Dias | Desenho de luz: João Veloso | Montagem de luz (Funarte): Aroldo Lopes | Montagem de luz (Galpão): Francisco Cunha | Coordenador Técnico: João Veloso | Confecção de Bonecos: Marco Augusto | Atriz bonequeira: Alessandra Barros | Atores bonequeiros: João Veloso e Marco Augusto | Intérprete em Libras: Matheus Felipe e Regiane Alves | Audiodescrição: João Veloso | Personagens: Apresentador - João Veloso; Hércules - Marco Augusto; Rei Euristeu - João Veloso; Deusa Era - Alessandra Barros; Leão de Neméia - Alessandra Barros; Hidra de Lerna - Alessandra Barros; João Veloso; Javali de Herimato - Marco Augusto; A corsa dos pés de bronze - Alessandra Barros; As aves do lago estifalo - Alessandra Barros; João Veloso; O touro de creta - Marco Augusto; Os cavalos de Diomedes - Alessandra Barros; Hipólita - Marco Augusto; Gerião; João Veloso; Bois de Gerião - Alessandra Barros, João Veloso, Marco Augusto; Atlas - João Veloso; Cão Cérbero - João Veloso.
Espetáculos já disponíveis: bit.ly/FestivaldeTeatroVirtual O Homem e a Mancha: 24 anos-luz | SP Com o ator Marcos Breda e texto de Caio Fernando Abreu
Classificação: 12 anos
Zapato busca Sapato | MG Trupe dos Truões
Classificação Livre
A Casa de Farinha do Gonzagão | SP Teatro-Baile Produções
Classificação: 10 anos
A Cripta de Poe | SP Companhia Nova de Teatro
Museu dos Meninos – Arqueologias do Futuro | RJ Espetáculo-performance de Mauricio Lima
Ombela | PE O Poste Soluções Luminosas
Classificação: 18 anos
Salto | PE Bote de Teatro / Janela Gestão de Projetos
Classificação: 16 anos
Suelen, Nara, Ian | CE Grupo Pavilhão da Magnólia
Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo | MA Núcleo Atmosfera de Dança-Teatro
Épico – Casa Tomada | BA Território Sirius Teatro / Cia Improviso Salvador
Mar Acá | RR Ass. Cult. Art. Locômbia Teatro de Andanças
A Borracheira | RO Associação Cultural O Imaginário
Marília Gabriela não vai mais morrer sozinha | AM Utc-4 - Classificação: 16 anos
Gibi | TO Lamira Artes Cênicas
Classificação Livre
Vestido Queimado | AM Soufflé De Bodó Company
Classificação Livre
2068 | RS Máscara EnCena
Classificação: 14 anos
Manual para náufragos | RS Cena Expandida
Classificação: 14 anos
Pa Pe Lê – uma aventura de papel | SC Téspis Cia. de Teatro, Música e Artes
Classificação Livre
Habite-me teatro de máscaras, bonecos e dança | RS CIA 4
Classificação: 12 anos
Limita-ações: as coisas que guardamos | SC Dionísos Teatro
Classificação: 14 anos
Bodas de Sangue | DF Estupenda Trupe
Classificação indicativa: 14 anos
À Espera de Godot | DF Diego Borges e William Ferreira
Classificação indicativa: 12 anos
Estranhas | DF Espaço f/508 de Cultura
Classificação indicativa: 14 anos
A Moscou! Um Palimpsesto | DF S.A.I - Setor De Áreas Isoladas
Classificação indicativa: 14 anos
Prêmio Funarte Festival de Teatro Virtual Acesso gratuito em:
bit.ly/FestivaldeTeatroVirtual Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte | Centro de Artes Cênicas | Coordenação de Teatro - Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo | Governo Federal.