O levantamento da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as principais operadoras móveis do País, considera que, além da capital rondoniense, Boa Vista, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Palmas e Porto Alegre contam com legislações para instalação de infraestrutura e antenas preparadas para a chegada do 5G. Essas capitais têm leis municipais com alta aderência à Lei Geral de Antenas, de 2015.
Entre os pontos avaliados pelo sindicato estão:
Não imposição de condicionamentos que possam afetar a seleção de tecnologia, a topologia das redes e a qualidade dos serviços prestados;
Não exigir licenciamento para infraestrutura de pequeno porte;
Procedimento simplificado e único para obter a licença;
Prazo 60 dias para emissão de qualquer licença;
Dispensa de novo licenciamento para incluir nova tecnologia ou infraestrutura.
Na avaliação do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, a revolução tecnológica causada pelo 5G deve impactar sobretudo o setor produtivo.
“Terá um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas. Porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não somente entre as pessoas, mas sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, disse.
Para chegar a toda a população, a nova tecnologia de transmissão ainda vai demandar das empresas de telefonia investimentos em equipamentos para que o sinal chegue em todo o país. O planejamento do Governo Federal é alcançar todas as capitais brasileiras até meados de 2022 e o país inteiro até 2028.
Segundo o relator do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados destinado a acompanhar a implementação da tecnologia 5G no país, deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), a iniciativa vai fortalecer vários setores, principalmente o agronegócio. “Hoje, temos uma pequena parcela do agro sendo atendida, e entendemos que esse leilão tem outra característica. Empresas estarão atendendo as grandes e médias cidades do Brasil e, ao mesmo tempo, trata-se de um leilão para aquelas empresas locais, que poderão trabalhar nas cidades de menor porte, de até 30 mil habitantes, na zona rural”, explica.
Leilão de frequências
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) marcou para 4 de novembro o leilão das faixas de frequência do 5G no Brasil.
Existem quatro faixas de frequência: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz; e 3,5 GHz. A faixa de 3,5 GHz é a que desperta mais interesse das empresas de telefonia, por exigir menos investimentos para a implantação da tecnologia.
Para cada uma das quatro faixas, empresas vencedoras do leilão têm exigências a cumprir, como disponibilizar 5G nas capitais do país até julho de 2022, levar internet 4G para as rodovias do país e a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal. Fonte: Brasil 61