Uma nova rebelião deixou 58 detentos mortos na penitenciária de Guayaquill, sudoeste do Equador, que em setembro foi cenário de um dos maiores massacres carcerários da história da América Latina e que deixou 119 mortos. A informação foi confirmada neste sábado (13) pela comandante da polícia, general Tannya Varela.
A oficial afirmou em uma entrevista coletiva que "até o momento" os confrontos entre os detentos, que começaram na última sexta-feira (12), deixaram 58 mortos.
A intervenção da polícia para tentar restabelecer a ordem na penitenciária "permitiu salvar vidas", declarou Pablo Arosemena, governador da província de Guayas (que tem Guayaquil como capital).
Grupos de criminosos rivais, vinculados ao narcotráfico, travam uma batalha violenta na penitenciária de Guayas 1. O local — que tem 8,5 mil internos, uma superpopulação de 60% segundo os dados oficiais — é cenário de atos de violência desde a primeira rebelião.
Desde setembro, quando 119 pessoas morreram, outros 15 detentos foram assassinados, o que elevou o balanço para 134 mortos até este sábado.
As rebeliões carcerárias no Equador provocaram mais de 250 mortes de prisioneiros desde o início do ano. Em fevereiro, 79 presidiários morreram em distúrbios simultâneos em quatro centros penitenciários.
O massacre de setembro levou o governo equatoriano a declarar estado de exceção para o sistema penitenciário por 60 dias (até o fim de novembro). Soldados apoiam a polícia na segurança das 65 prisões do país.
Os presídios equatorianos podem abrigar 30 mil pessoas, mas estão ocupados por 39 mil, 30% acima de sua capacidade. Fonte: R7