No fim do último ano, a advogada Brenda Wobeto, de 23 anos, viajou de Porto Velho (RO) até Balneário do Camboriú (SC) para passar o réveillon com familiares. Porém, a viagem acabou se prolongando mais do que deveria. Segundo Brenda, seu voo de retorno foi adiado três vezes em uma semana.
Por conta dos adiamentos, a advogada relata que está perdendo dias de trabalho. A mãe dela, que foi junto na viagem, também não conseguiu voltar para casa e teve que improvisar com atividades remotas para não ser prejudicada no emprego. O pai dela conseguiu retornar para casa.
Brenda relatou que tentou entrar em contato com a Azul Linhas Aéreas através de telefone, e-mail e mensagens de WhatsApp, para tentar remarcar a volta para uma data mais próxima ou pedir algum tipo de ajuda, mas não obteve sucesso em nenhuma das tentativas.
"Eu sinto um pouco de aflição por não saber quando que vou chegar em casa, e raiva também, né? Por não ter nenhum retorno da empresa aérea e nenhum auxílio", comentou.
Brenda viajou para Balneário Camboriú no dia 27 de dezembro de 2021. O retorno para Porto Velho estava marcado para o dia 10 de janeiro, mas alguns dias antes ela recebeu uma mensagem da Azul informando que o voo foi adiado para o dia 13.
Já no dia 11, a passageira relata que recebeu outra notificação informando que o voo foi novamente alterado, ainda para o dia 13, mas com horários diferentes. No mesmo dia, outra mensagem teria avisado que a programação do dia 13 foi cancelada e o voo deveria partir apenas dia 14.
Apesar da empresa oferecer a opção de escolher um novo voo diferente do que foi sugerido, Brenda diz que não conseguiu ter acesso a uma nova opção de itinerário através do link disponibilizado na mensagem. Desde o dia do primeiro adiamento, mãe e filha dizem que precisam manter por conta própria os gastos adicionais com estadia e alimentação.
"A gente tá tendo que tirar do nosso bolso. É um dinheiro que não estava previsto para ser gasto", aponta.
A Azul Linhas Aéreas não soube informar o motivo dos adiamentos específicos do voo de Brenda, mas disse que em alguns casos o motivo tem sido as dispensas médicas da tripulação por conta de casos de Covid-19 e Influenza.
Ainda de acordo com a empresa, "os clientes impactados estão sendo notificados das alterações, reacomodados em outros voos da própria companhia e recebendo toda a assistência necessária".
Conforme a resolução nº 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que dispõe sobre as condições gerais de transporte aéreo, em caso de alteração de itinerário e horário dos voos a transportadora deve informar o passageiro em um prazo de, no mínimo, 72 horas.
A empresa deverá oferecer ao passageiro as alternativas de reacomodação e reembolso integral, caso: