A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil, deflagrou nesta sexta-feira (14) a operação "O Chamado", que visa combater um esquema de rachadinhas na Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO).
Rachadinha é quando alguém se apropria de parte dos salários de assessores do gabinete político. No ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral definiu que a prática de rachadinha configura enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público.
Na operação "O Chamadado" são cumpridos 32 mandados de busca e apreensão no gabinete, escolas, residências e empresas privadas de pessoas ligada ao deputado estadual Jhony Paixão (Republicanos). As ordens judiciais foram cumpridas simultaneamente em Porto Velho e em Ji-Paraná.
A Polícia Civil diz que nesta primeira etapa estão sendo apreendidos elementos que também comprovem o envolvimento do político na organização criminosa, dedicada ao uso de emendas parlamentares em contratações fraudulentas de obras e reformas de escolas estaduais.
A investigação inicial da Draco já descobriu que o valor destinado irregularmente, para emendas, ultrapassa R$ 1 milhão.
No entanto, a Draco estima que o montante pode ser maior, considerando a fase de investigação interna de outros recursos e fontes.
Segundo a Draco, a operação busca comprar o uso de emendas parlamentares em contratações fraudulentas de obras e reformas de escolas estaduais.
A ação policial denominada “O Chamado” movimentou cerca de 150 policiais e contou com o apoio de diversas unidades da Polícia Civil, da capital e do interior do Estado.
“A Polícia Civil combaterá veementemente a corrupção. Nós não podemos tolerar que este câncer permaneça em Rondônia!”, afirmou o delegado Geral, Samir Fouad Abboud, por meio de nota.o
Em nota à impressa a assessoria do deputado Jhony Paixão informou que o parlamentar se coloca à "disposição da Justiça para elucidar qualquer fato que seja necessário, pois está tranquilo quanto a todas as suas ações em sua vida privada e pública".
Quanto ao teor da investigação, o parlamentar ressalta que não teve acesso aos autos do inquérito, mas que reafirma o desejo de que os fatos sejam esclarecidos. Fonte: G1