19/02/2022 às 08h14min - Atualizada em 19/02/2022 às 08h14min

Com crescimento da construção civil, prefeitura emite o maior número de Habite-se da história em 2021 em Cerejeiras

Emissão do documento de liberação subiu de 77 em 2020 para 94 em 2021. O aumento no número de obras fomenta também o setor de serviços no município. E tudo indica que continuará assim

Gazeta Rondônia
Rildo Costa

Obra comercial na Avenida das Nações, no Centro de Cerejeiras. Setor aquecido na cidade e no campo. (Foto: Rildo Costa)

O setor de construção civil, que é um termômetro do desenvolvimento de uma região, continua aquecido no ano de 2021 em Cerejeiras. E não só isso. O crescimento está acelerando.

O ano passado, por exemplo, ocorreu o maior índice de Habite-se da história do município, desde que o documento passou a ser emitido.

Em 2021, foram expedidos 147 Alvarás de Construção somente no município de Cerejeiras. Esse documento é expedido quando se começa uma obra residencial ou comercial.

O Habite-se é um documento de liberação que é emitido pela prefeitura quando a obra já está pronta. No ano passado, a prefeitura de Cerejeiras emitiu 94 dessas liberações.

Agora vamos comparar esses índices com os anos anteriores. Em 2020, a prefeitura emitiu 156 Alvarás de Construção Civil e 77 Habite-se. No ano anterior, em 2019, foram 147 Alvarás de Construção e 45 Habite-se.
 

 

Além dos números propriamente ditos, alguns fenômenos interessantes podem ser vistos no setor de construção civil em Cerejeiras.

O primeiro é que estão em amplo crescimento tanto as obras residenciais quanto comerciais. Ou seja, a construção de casas para moradias (próprias ou para alugar) e de pontos comerciais, especialmente nas avenidas e, no caso de plantas industriais do agro, na área rural.

Já o segundo ponto a observar é o padrão das construções. As obras, com raras exceções, estão sendo erguidas no município com trabalhos de arquitetura e engenharia de vanguarda, com moldes e recortes estéticos modernos e atraentes. Ou seja, as obras não se propõem a ser apenas funcionais, mas também a contribuir para o visual do espaço coletivo de Cerejeiras, tanto no campo quanto na cidade.

Aquecido, o setor de construção civil movimenta uma alta cifra mensal em Cerejeiras. “As lojas de material de construção vendem uma média de 3,5 milhões por mês”, disse o gerente de uma loja do setor, que não quer ser identificado.

Outros empreendedores do setor estimam que, além deste montante, os moradores de Cerejeiras adquirem pelo menos uns R$ 5 milhões em materiais de construção em outros municípios, especialmente Vilhena. A razão é simples: algumas empresas que estão construindo aqui trazem parte do material de fora, geralmente da sede. Além disso, empreendedores do município munidos de um CNPJ podem adquirir materiais de construção direto das distribuidoras e muitos deles o fazem.
 

Nem a pandemia atrapalhou o crescimento da construção civil em Cerejeiras. Empreendedores do setor afirmam que o isolamento social, que forçou as pessoas a ficar mais em casa, levou os moradores a investir mais em suas moradias. A construção de calçadas, muros e ampliações das residências também ajudou a movimentar o setor no município.

Além da renda gerada nas lojas de material, há também outros segmentos que são movimentados pela construção civil, como as oficinas de metalurgia, vidraçaria, madeireiras e carpintarias.

O setor de serviços, como engenheiros civis, pedreiros, eletricistas, encanadores, pintores e serventes de obra, também sentem o impacto positivo do setor. Havia somente dois ou três engenheiros civis atuando em Cerejeiras há dez anos. Hoje já são quase dez.

A construção civil é um setor que serve de termômetro para medir o nível de progresso econômico de uma região – em especial nas regiões em desenvolvimento, onde ainda há muita estrutura física para ser construída. A julgar pelos números de novas obras concluídas e iniciadas em 2021 em Cerejeiras, a região está em franco avanço. E tudo indica que esse ritmo se manterá pelos próximos anos.
 

 


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