É julgado nesta terça-feira (22), em Campo Grande, pela terceira vez em menos de um mês, o pedreiro Cleber Souza Carvalho. Ele está preso e confessa ter matado sete pessoas, sendo já condenado pelo homicídio de duas.
No banco dos réus desde às 8h (de MS), o serial killer é julgado pela morte do primo, Flávio Pereira Cance. Ele responde por homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.
Flávio foi visto pela última vez em 2015, quando tinha 34 anos. “Eu matei e enterrei ele mesmo”, confessou Cleber, ao dizer que o primo já havia estuprado a filha dele [de Cléber] e descrever que a vítima era violenta desde a juventude, “matava os bichos que entravam no terreno dele”, falava que era bandido e lutava capoeira.
No dia do crime, os dois estavam no terreno adquirido pelo pai de Cleber, há 37 anos. Flávio morava no local, onde, inicialmente, havia sido cedido ao pai da vítima.
Cleber arrumava um encanamento no terreno, momento em que o primo chegou para falar com ele e os dois começaram a discutir por conta do espaço. Em meio a sessão de xingamentos, o assassino trouxe à tona o crime que teria sido cometido pelo primo, em 2006.
“Você não é bandido nada, você é um estuprador”, afirmou ter dito, na ocasião. “Devia ter terminado o que comecei”.
Nesse momento, Cleber conta que a vítima pegou um pedaço de madeira e partiu para cima dele. “Quebrou meu dedo, tenho ele torto até hoje”. Com isso, foi a vez do pedreiro usar uma pedaço de madeira para agredir o primo.
“Sentei com toda minha força”. Dois golpes foram efetuados contra a vítima, o primeiro pegou no rosto e o segundo, no “pé da orelha”.
No dia 1º de fevereiro, o pedreiro foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver, ocorrido em 2018. Ele confessou novamente o crime, mas alegou legítima defesa.
Já no último dia 16, Cleber Carvalho foi condenado a 18 anos de prisão por ter matado Timóteo Pontes Roman, um colega que o devia R$ 3 mil.
Conforme a sentença, no caso de Timóteo, Cleber foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver. Crime aconteceu em maio de 2020.
O pedreiro está preso desde 15 de maio de 2020. A polícia chegou até ele após a morte do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, na Vila Nasser.
Com a prisão pelo assassinato do comerciante, Cleber Carvalho confessou os outros seis homicídios e indicou os locais onde estavam os corpos. Os homicídios teriam acontecido entre 2016 e 2020. Fonte: G1