Após um mês e 15 dias em um hospital infantil de Porto Velho, acompanhando o filho de um ano que foi baleado na cabeça em uma tentativa de homicídio, Jussara Santiago, de 33 anos, voltou para Ariquemes (RO) e encontrou a casa saqueada.
Ela contou à Rede Amazônica que a casa ficou vazia depois do atentado. Os suspeitos levaram uma botija de gás e vários outros bens da casa, incluindo até roupas das crianças.
O pequeno Raí foi atingido com dois tiros durante uma tentativa de homicídio, em janeiro deste ano. A mãe relembra que o bebê ficou gemendo de dor e com muito sangue espalhado.
Assim que perceberam o que tinha acontecido, os pais levaram Raí até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De lá ele foi encaminhado para o Hospital João Paulo II, em Porto Velho e depois para o Hospital Infantil Cosme e Damião, onde ficou até receber alta.
Para que Raí pudesse sobreviver, os médicos retiraram os projéteis alojados e um pedaço de seu crânio. Daqui a seis meses ele deve passar por outro procedimento médico e inserir uma proteção
"Graças a Deus ele está bem, mas tem que tomar cuidado porque ele não pode cair. O ossinho da cabeça dele foi retirado, tá tudo solto, e aí tem que cuidar dele 24 horas", comenta a mãe.
Jussara tem seis filhos e está grávida do sétimo. Para enfrentar o período de recuperação do bebê, os pais pedem ajuda da população com doações, já que ficaram quase dois meses sem trabalhar e ainda tiveram os bens furtados enquanto estavam no hospital.
Como a família também está sem telefone, os interessados em fazer doações podem entrar em contato com o WhatsApp da redação de jornalismo da Rede Amazônica em Ariquemes pelo (69) 9 9258-7823 e saber como ajudar a família.
Segundo investigação conduzida pela delegacia de Ariquemes, o autor dos disparos que atingiu o bebê é um adolescente de 17 anos. Ele foi encaminhado até Centro Socioeducativo da cidade alguns dias depois do crime, quando se entregou à polícia, acompanhado da mãe e de um advogado.
A intenção do adolescente era matar o irmão da vítima, que também é menor, mas os tiros atingiram a criança, enquanto ela dormia dentro de um dos quartos da casa do Setor 9.
A polícia suspeita que ao todo quatro pessoas estão envolvidas na ação: o menor que está internado, mais dois suspeitos que foram presos e um que ainda se encontra foragido.