02/04/2022 às 10h05min - Atualizada em 02/04/2022 às 10h05min

Contribuindo para o desenvolvimento da região, empresários pedem mais investimentos públicos no Parque Industrial de Cerejeiras

Dezenas de empresas já estão instaladas no parque, gerando renda e emprego. Em breve, novos negócios serão instalados no local. Mas os problemas de infraestrutura podem atrasar o desenvolvimento do local. Autoridades políticas já estão sendo comunicadas da demanda

Gazeta Rondônia
Rildo Costa

Vista aérea do Parque Industrial de Cerejeiras. Asfalto e energia de mais qualidade são as duas principais demandas. (Foto: Renato Novais/RN Produções)

Os cerca de vinte empresários do Parque Industrial de Cerejeiras começaram uma batalha.

E o que eles querem com essa luta é conseguir melhorias para o local.

Dentre as melhorias que os empresários estão solicitando, duas delas têm especial importância: o asfaltamento de pelo menos três avenidas do parque e o fornecimento de uma energia elétrica de melhor qualidade.

Vereadores, prefeita, deputados estaduais, deputados federais e até o governador será comunicado das demandas pelos próprios empresários.

“Precisamos de uma atenção maior do poder público. Estamos trabalhando, gerando emprego e desenvolvendo o município”, disse o empresário Silvio Amaral, da Nova Era, uma autoelétrica de caminhões que está se instalando no parque.

“Convivemos com terrenos sujos, energia fraca e barro no tempo das chuvas”, disse a empresária Cristiane de Fátima Rodrigues, do Posto de Molas JF, também instalada no local.

O Parque Industrial de Cerejeiras tem três avenidas principais: duas transversais e uma na frente. São quatro vias se contarmos com a rua do fundo, que ainda não está totalmente aberta. A avenida da frente faz divisa com a BR-435, o que torna aquele espaço de responsabilidade do governo federal.

Quando mais aos fundos do parque, pior é a situação das ruas e avenidas de terra.

Na semana passada, a Prefeitura de Cerejeiras fez um patrolamento em duas avenidas do parque. No entanto, como não foi feito cascalhamento, a chuva que caiu piorou a condição da pista, que dá acesso apelo menos cinco empresas de variados setores que fica naquela via.

As duas demandas principais do parque, asfalto e energia, são plenamente possíveis de serem atendidas.

Em relação ao asfalto, o Cone Sul já conta com uma usina de asfalto em Vilhena. Se um deputado estadual ou federal destinar um recurso para a aquisição de insumos, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), em parceria com a Prefeitura de Cerejeiras, poderia pavimentar as três avenidas do parque.

No que dá diz respeito às constantes oscilações e falhas no sistema de energia elétrica, a única solução é a construção de uma subestação em Cerejeiras com instalações já adequadas não só ao consumo e demanda atual, mas já adequadas à expansão prevista para os próximos anos. Num acordo com o Ministério Público de Rondônia, que tinha movido uma Ação Civil Pública contra a Energisa por conta da má qualidade de energia fornecida no município, a distribuidora prometeu construir uma subestação em Cerejeiras na condição de que a ação judicial fosse paralisada. O processo jurídico foi suspenso, mas a Energisa ainda não cumpriu com o acordo.
 

O Parque Industrial de Cerejeiras fica situado no km 5 da BR-435, sentido Corumbiara, num local onde o município tinha um terreno de grande extensão. Uma parte deste terreno, uma área de 1.008.106 metros quadrados, subdividida em 28 lotes de 50 por 600 metros quadrados, foi destinada ao parque – hoje chamada Parque 1.

O nome oficial do local é Parque Industrial Aurélio Milioransa e o local é destinado às empresas industriais ou de serviços pesados que não podem ser instaladas na área urbana por conta do barulho que fazem. O local, embora não seja na cidade, é considerado uma área de jurisdição urbana.

A ideia do parque começou a se formar por volta de 2010 entre os diretores da Associação Empresarial de Cerejeiras (ACIC) da época.

Antes disso, o local era um terreno baldio e cheio de mato, pertencente ao município.

Os gestores públicos na época ouviram os empresários levaram a ideia à prática. A propriedade foi repartida em lotes, foi transformada a área rural em área urbana e foram colocados os terrenos à venda.

Mas uma denúncia no Tribunal de Contas do Estado de Rondônia travou a venda dos terrenos no parque por quase dois anos. Depois, com a liberação judicial (mediante um novo modelo de venda dos terrenos), o parque foi efetivamente liberado.

Anos depois, a Prefeitura de Cerejeiras criou também o Parque 2, que é um terreno doado pelo município para a Conab no mandato do prefeito Airton Gomes, onde hoje estão a Masutti e a Case.

No Parque 1 – que é o local onde os empresários pedem as melhorias – há no momento quase vinte empresas instaladas no local.

No conjunto, essas empresas geram cerca de 100 empregos no parque. Quatro famílias de empreendedores moram no próprio Parque Industrial de Cerejeiras (é permitido construir residência nos fundos da empresa).

Com todo este potencial, e já contribuindo para o desenvolvimento da região de Cerejeiras, p Parque Industrial de Cerejeiras merece mais atenção do poder público.

Agora, com a palavra, os políticos.


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