09/04/2022 às 20h22min - Atualizada em 09/04/2022 às 20h22min

Caso Laryssa: Polícia diz que suspeito de matar e enterrar adolescente no quintal armazenava pornografia infantil

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O laudo pericial feito em aparelhos eletrônicos de Ronaldo dos Santos Lira, revelou a presença de vários materiais de pornografia infantil. Ele é suspeito de matar e enterrar a adolescente Laryssa Victoria, de 17 anos, no quintal de casa em Ouro Preto do Oeste (RO). Segundo a Polícia Civil, as novas informações podem levar o homem a condenação por pedofilia.

De acordo com o delegado Niki Locatelli, foram analisados alguns pen-drives, um notebook e o celular encontrados na casa do suspeito. Durante interrogatório realizado na quinta-feira (7), Ronaldo teria alegado que o material era para uma tese de mestrado.

"De todo modo, se era ou não, isso não importa porque o crime já estaria configurado. O fato de armazenar esses materiais pornográficos por si só já configura crime com pena de até quatro anos de prisão", comentou o delegado.

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Confissão

 

Ainda segundo a Polícia Civil, Ronaldo confessou no interrogatório que matou Laryssa Victória pelo "desejo de matar" que tinha desde a infância. Ele teria usado a bolsa da própria vítima para tentar um estrangulamento, depois a esfaqueou no pescoço e "assistiu ela sangrar".

O laudo tanatoscópico confirma que Laryssa morreu de "hemorragia externa por instrumento pérfuro-inciso", ou seja, sangrou até a morte. Ele narrou no interrogatório que enquanto ela morria ele ria de prazer.

 

“Os fatos que ele narrou do seu interrogatório sobre a morte da Laryssa são indescritíveis, uma crueldade. Ele torturou aquela adolescente que sangrou até morrer”, aponta o delegado.


Delegado Niki Locatelli, de Ouro Preto do Oeste — Foto: Polícia Civil/Reprodução

Delegado Niki Locatelli, de Ouro Preto do Oeste — Foto: Polícia Civil/Reprodução

Entenda o caso

 

Laryssa Victória, de 17 anos, é encontrada morta e enterrada em quintal da casa de suspeito, em Ouro Preto, em RO — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O corpo de Laryssa Victória, de 17 anos, foi encontrado no dia 20 de março em uma cova no quintal da casa de Ronaldo dos Santos Lira, que é assistente social em Ouro Preto. Ele foi preso em flagrante.

A suspeita é que Ronaldo matou a vítima usando um objeto perfurocortante e depois a enterrou na cova. O delegado Niki Locatelli afirma ter encontrado possíveis vestígios de alterações na cena do crime.

A menina estava desaparecida há dois dias. Ela saiu na noite da sexta-feira (18) para se encontrar com amigas, mas não voltou para casa. O pai da adolescente relata que procurou ela durante a madrugada e também no dia seguinte, mas não encontrou.

A polícia começou a investigar o desaparecimento e encontrou imagens de câmeras de segurança mostrando a jovem na companhia de um homem, de 36 anos, identificado como Ronaldo dos Santos Lira.

O vídeo abaixo mostra o momento em que a adolescente caminha pela avenida Daniel Comboni, com Ronaldo e outra pessoa que não teve a identidade revelada pela polícia. Em determinado momento, a pessoa se separa deles e o suspeito segue o caminho sozinho com a vítima.

Essas outras imagens mostram a vítima cambaleando e quase caindo, sendo puxada pelo suspeito por ruas do bairro Colina Park. Uma das linhas de investigação tenta descobrir se a adolescente foi drogada.

Laryssa Victória, de 17 anos, é encontrada morta e enterrada em quintal da casa de suspeito, em Ouro Preto, em RO — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Laryssa Victória, de 17 anos, é encontrada morta e enterrada em quintal da casa de suspeito, em Ouro Preto, em RO — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ao redor da casa do suspeito não há muros. Os investigadores, em visita ao local, notaram que parte da terra do quintal estava mexida e do lado de fora da casa havia um colchão queimado.

"Essa terra fofa, mexida recentemente, chamou a atenção dos investigadores, onde suspeitaram que no local poderia estar o corpo da adolescente. Diante dessa suspeita, dei a ordem para entrar e escavar a terra mexida. A gente localizou o corpo ali", relatou o delegado. Fonte: G1

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