23/08/2022 às 08h08min - Atualizada em 23/08/2022 às 08h08min

Ex-marido e filho são presos suspeitos de mandarem matar mulher e namorado

Gazeta Rondônia

Dos três homens presos no sábado (20) por envolvimento no assassinato de Eliana Maria Stickel Francisco, de 46 anos, e Agostinho Petry, de 57 anos, dois têm parentesco com a mulher. A Polícia Civil confirmou nesta segunda-feira (22) que Agenor Manoel, que é ex-marido de Eliana, e Maicon Manoel Francisco, filho dela com Agenor, são suspeitos de mandarem matar o casal em Timbó, no Vale do Itajaí. O terceiro homem seria um dos executores.

Eliana e Agostinho foram encontrados mortos com sinais de violência em 19 de julho. A defesa dos suspeitos é feita pelo advogado Marco Aurélio Marcucci. "Inicialmente, pai e filho obviamente negam qualquer tipo de mando", afirmou no sábado. Nicolas Cardoso Tavares Pinto é o suspeito de ser executor e também nega envolvido nas mortes, afirmou o advogado.

 

Investigação

 

O delegado responsável pelo caso, André Beckmann, afirmou que os presos ficaram em silêncio durante o interrogatório. A principal suspeita de motivação é uma disputa relacionada a imóveis.

Beckmann também disse que o pai e o filho suspeitos estavam com malas e que havia R$ 9 mil em dinheiro dentro delas. Eles ainda estavam com duas cartas. Esse material foi apreendido, junto com celulares. Os aparelhos passarão por perícia.

O delegado não deu detalhes sobre como chegou aos homens ou a motivação para os assassinatos. No total, há quatro suspeitos. O quarto homem está foragido. Ele é suspeito de ser outro executor. Os quatro homens estavam com a prisão preventiva decretada desde a noite de sexta-feira (19).

"Durante as investigações, a Polícia Civil demonstrou que dois homens, de 19 e 21 anos, vieram a Timbó na madrugada de 15 de julho e, ainda no mesmo dia, assassinaram ELIANE e AGOSTINHO. A investigação também identificou dois mandantes do crime", informou em nota a Polícia Civil.

Com o suspeito de ser um dos executores, foi encontrada uma pistola com 11 balas, o que também resultou na prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

Os três investigados foram levados para o Presídio de Joinville, no Norte do estado

 

Entenda

 

O casal foi encontrado depois que um dos filhos de Agostinho acionou a polícia informando que o pai não respondia mais as mensagens no aplicativo de conversa.

Ao chegar na residência, os policiais encontraram Agostinho amarrado, com um corte profundo no pescoço, em um dos cômodos. Eliana estava em outro quarto e tinha ferimentos na cabeça e costas.

À época, o delegado André Beckmann informou que aguardava resultado dos laudos cadavéricos e da cena do crime para ter mais subsídios para a investigação. A casa estava revirada e a caminhonete de Agostinho foi encontrada mais tarde, em Indaial, na mesma região.

Segundo Rodrigo Petry, um dos três filhos de Agostinho, ele era "um grande homem e um grande pai". Já aposentado, ele trabalhou durante a vida como metalúrgico, conforme Rodrigo. Fonte: G1


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