A gerente de um posto de combustível, Tânia Fernandes Silva Ataides, de 36 anos, morreu nesta semana após passar dias internada em estado grave por ter sido esfaqueada por um funcionário em Criciúma (SC). Segundo o Ministério Público de Santa Catarina informou ao Terra, o suspeito não aceitou uma advertência da chefe e acabou planejando o crime.
De acordo com o MP, o funcionário agiu por motivo fútil, pois não aceitou uma bronca por ter deixado de cumprir uma determinação da chefia, e não gostou que a vítima externou perante outros funcionários que não se envolveria amorosamente com ele.
No dia do crime, o homem foi embora e retornou momentos depois portando uma faca tática de caça serrilhada e atacou a vítima pelas costas, enquanto ela atendia um cliente, impossibilitando qualquer reação ou resistência. Imagens de câmeras de monitoramento flagraram o ocorrido.
Ainda conforme o MP, o funcionário causou à vítima sofrimento físico intenso e desnecessário provocado pelos múltiplos golpes de faca desferidos em sua cabeça e, ao final do ataque, ele cravou a lâmina de 18,5 cm no crânio da gerente.
O réu foi preso preventivamente dois dias após o ataque e segue em segregação cautelar. O MPSC ofertou a denúncia no dia 15 de agosto. Na ação, o Ministério Público sustenta que o crime deve ser qualificado como feminicídio porque foi baseado na condição de gênero, com menosprezo à condição de mulher da vítima.
Com a morte da gerente na terça-feira, o Ministério Público requereu que o julgamento vá a Júri Popular, tendo em vista a prática de crime doloso contra a vida. Além da condenação à pena de reclusão, foi requerida a fixação de valor mínimo para a reparação dos danos causados à vítima.
"A 1ª Promotoria de Justiça de Criciúma já adota os procedimentos necessários para aditar a denúncia e processar o autor do crime por homicídio consumado. O aditamento da denúncia ainda não foi realizado, pois aguarda o cumprimento das diligências que foram requeridas, no dia 23 de agosto de 2022, pela 1ª Promotoria de Justiça", informou o MP em nota oficial.
O nome do suspeito não foi divulgado, então o Terra não conseguiu localizar a defesa dele. O espaço segue aberto para manifestações. Fonte: Terra