Dois casos de varíola dos macacos foram confirmados em Rondônia esta semana, segundo informações da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). Esses são os primeiros casos registrados no estado.
De acordo com o diretor da Agevisa, Gilvander Gregório, foram diagnosticados com a doença uma pessoa do sexo feminino, que não teve a idade informada, e uma do sexo masculino com idade entre 10 e 20 anos.
A agência não informou de qual cidade os pacientes são, mas disse que eles estão sendo monitorados diariamente.
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.
O vírus é considerado de superfície, ou seja, a transmissão ocorre pelo toque em lugares infectados. Para evitar contaminação, a orientação é realizar limpeza de superfícies com álcool 70%, água e sabão ou álcool em gel.
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
Em 15 de agosto, o Ministério da Saúde informou que a maioria dos casos de varíola dos macacos identificados no Brasil ocorreram entre homens. Entre os 2.219 pacientes já confirmados com a doença, 95% são pessoas do sexo masculino, sendo que 93,87% são homens entre 18 e 49 anos. A média de idade é de 36 anos.
O panorama é o primeiro feito pelo governo federal sobre o perfil dos casos no Brasil. A apresentação ocorreu em Brasília com a presença do ministro Marcelo Queiroga, após o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir prazo de cinco dias para União e governos estaduais informarem as estratégias adotadas até o momento para enfrentar a varíola dos macacos.
Os dados mostram que a disseminação da doença no país segue padrão equivalente ao apontado pela OMS: os principais afetados pela doença é a comunidade dos homens que fazem sexo com outros homens.
O levantamento do Ministério da Saúde indica que 87% dos pacientes infectados pelo vírus monkeypox relata que o possível local de contaminação foi durante "contato íntimo com desconhecido".
Os pacientes também foram perguntados sobre gênero (64% se declararam homens, 3,8% mulheres, e 28,6% não informaram), orientação sexual (18,5% se declararam homossexual e 75,6% não foi informado) e comportamento sexual (50% dizem ter relações sexuais com homens e 42,6% não informaram).
No Brasil, ainda de acordo com o levantamento do ministério, o sintoma mais comum é a febre, seguido de adenomegalia (gânglios inchados) e dores (muscular e cefaleia). Fonte: G1